Era uma manhã tranquila quando o e-mail chegou. Helena estava organizando os papéis do Instituto Clara, enquanto Arthur desenhava um novo mural. Clara brincava com blocos coloridos no chão. Tudo parecia em paz até que Helena leu a mensagem.
— Arthur... você precisa ver isso.
Ele se aproximou, curioso. O e-mail era de uma organização cultural europeia. Eles haviam assistido à gravação da peça, lido o livro, acompanhado a repercussão da denúncia. E agora, queriam levar a história para fora do Brasil. Uma turnê internacional. Traduções. Palestras. Oficinas.
Arthur leu em silêncio. Depois, olhou para Helena.
— Eles querem que a gente leve o amor da gente pro mundo.
Helena sorriu, mas havia algo em seu olhar.
— Mas será que o mundo está pronto?
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Nos dias seguintes, conversaram sobre tudo. Sobre logística, sobre Clara, sobre o Instituto. Sobre o que significava sair e o que significava ficar. Beatriz apoiava. A equipe do Instituto também. Mas Helena sentia que havia mais em jogo.
— Se a