Capítulo 3
Catarina Smith - Do que meus irmãos estão falando, pai? Olho para o imponente, caridoso e amado pai. John Smith era dono de uma das mais luxuosas e conhecidas marcas de carros de luxo do país. — Você ainda dá ouvidos aos seus irmãos? Desde quando eu obrigo vocês a fazer algo que não desejam? - Nos calamos. - Tenho sonhos para os três, mas numa colocaria a minha empresa ou riqueza na frente da felicidade de vocês. Eu sabia que sim, por isso me colo a ele intenção de deixar o clima mais harmônico. Eu gostava tanto dos abraços do meu pai, mas ainda não estava tranquila. Algo acontecia e eu queria, mais do que tudo, saber. — Então me conta o que está acontecendo para Carlos está bufando de raiva. Eu ouvi bem a palavra "casamento". Meu pai na mesma hora ficou tenso, ainda me envolvendo em seus braços. Eu sabia exatamente a resposta da minha pergunta. Meu pai foi criado em uma família tradicional, e regras vêm junto com a bagagem de pertencer à família Smith. O medo de uma grande riqueza cair em mãos erradas era maior que qualquer outra coisa. Nenhum casamento nessa família foi feito com base no amor, somente em contratos de negócios formandos e firmados para o bem de nossa riqueza. Essa era a raiz na qual a minha família foi fundada e da qual nunca se afastaria. Vejo meus irmãos cruzarem os braços e olharem para o meu pai, aguardando sua resposta. Era uma batalha silenciosa que agora ocorria naquela sala. Nós três crescemos sabendo exatamente o nosso futuro, mesmo que não soubéssemos, de fato, o que isso significava. Bom, eu não sabia até chegar em casa e ver essa grande confusão, e o pior, que era por causa de um futuro casamento. — Filha, eu e a sua mãe nos casamos em um acordo de casamento justo e vantajoso para ambas as famílias, mas não focamos no negócio que envolvia a nossa vida e sim na possibilidade de sermos felizes. Podíamos nos odiar e fazer da nossa vida de casal um verdadeiro inferno, mas lutamos para sermos felizes e temos um casamento de trinta longos e felizes anos. — Meu pai amava muito a minha mãe, disso eu nunca duvidei. — Como eu não escolhi, você e seus irmãos não irão escolher também. Não por birra ou porque eu quero que sofram, mas porque esse é o melhor caminho. Eu sabia. Meus pais se amavam além do infinito, eles eram almas gêmeas e nunca poderíamos questionar o amor deles. — Então vou me casar com o escolhido que o senhor achar ser o candidato ideal? — Pergunto com uma pitada de sarcasmo. — Sabe que posso ter sorte como o senhor e a mamãe, mas também posso me dar muito mal, pai. Posso me casar com um homem que me faça infeliz e sofrer muito, tem noção disso? A pessoa com quem o senhor me casar pode me fazer muito infeliz, quero deixar bem clara essa observação. Carlos e Caio chegam a ficar irritados com a minha fala, mas não estou falando nenhuma mentira! O fato de eu ser a princesinha deles não quer dizer que eu seja o mundo de um homem, até porque eu nunca tive oportunidade de ter um ficante ou namorado. Tenho uma paixão, mas é um segredo que guardo a sete chaves. — Eu o mato! — Caio fala com um olhar raivoso, e Carlos sorri frio. Meus irmãos eram ciumentos ao extremo, mas eles tinham um bom coração, a única questão era que eles eram safados demais para se preferem a alguma garota, quem dirá casamento. Caio era o mais velho, o filho que iria cuidar de tudo no lugar do papai. Carlos era um ótimo advogado, protegia tudo da família, e tinha seu próprio escritório de advocacia. Amava ambos, somente não gostava dessa ciumeira toda vinda deles, já que ambos tinham passe livre para fazerem o que desejavam. — Não fale besteiras, não vai matar ninguém, pois seu irmão precisa de você na empresa. Fora que não sou louco de entregar sua irmã para qualquer homem, estamos aqui para perguntar justamente qual seria a sua opinião sobre um candidato. — Meu pai conclui irritado com meus irmãos que não escondiam a sua predileção de me fazer virgem até os trinta. Céus, eu iria me casar com alguém que não faço ideia de quem seja e, pior, nunca tive liberdade para ter outras experiências. Agora, teria que aceitar ou não o nome que meu pai colocasse na mesa. A única pessoa que eu beijei na vida, e ainda assim ele estava bêbado, foi Paul, minha paixonite da juventude. Eu babava por ele na faculdade, mesmo sabendo que nunca devo ter habitado os seus pensamentos. — Qual é o nome do candidato? — Pergunto, já programando um “não” bem audível. — Filha, sabe que terá que se casar, não pode fugir da sua responsabilidade por muito tempo, as outras meninas da sua idade estão já vendo os melhores partidos. - Sabe que esse não é o meu sonho, pai. Quero ter a minha marca de roupas de grife. - Meu pai suspira. -Sabe que moças de família se casam com os melhores candidatos da nossa sociedade, Catarina. Não posso te entregar a um zé ninguém!Fora que eu não sei se o seu marido vai deixar você trabalhar, minha filha. — Meu pai me olha tão desconcertado que eu não consigo ver que ele somente quer me casar pelo candidato a noivo ser excelente. — Então por que meus irmãos estão tão chateados com a mera possibilidade do senhor me casar com o candidato que tem em mente? Carlos sorri para meu pai. Não era um sorriso de felicidade, ele estava provocando deliberadamente o nosso pai, que odiava ser contrariado. O que eu estava perdendo na interação deles? — Podemos nos sentar e conversar sobre o que está acontecendo? — Meu pai nos convida a nos sentar na sala. Estávamos todos em pé no meio da casa como um bando de trogloditas vendo quem gritava mais e mais alto. Nos sentamos e eu não conseguia tirar o meu olhar de dúvidas e interrogação. Eu queria entender o que estava acontecendo e o que estava passando na cabeça do meu pai. Meus irmãos com toda certeza sabiam o que estava acontecendo, acredito que esse casamento terminou tendo tudo a ver com os negócios da família. Meu pai não pensava em casamento até algum tempo atrás, alguma coisa grande está acontecendo para ele ter pensado na possibilidade logo agora. Logo agora que eu iria tirar do papel o meu sonho… — Recebi uma visita muito interessante hoje à tarde. A patriarca da família Evans foi até a minha empresa fazer uma proposta interessante. — Meu pai começa a falar. — Ele está com alguns problemas em sua empresa, fez maus negócios e se vê bem fraco no mercado. — Meus irmãos reviram os olhos. — Sabe que a empresa Evans é a minha maior rival nos negócios, não sabe? Mesmo com todos os problemas, eles ainda estão me incomodando.— Todos sempre soubemos que meu pai tinha a família Ribeiro como sua dor de cabeça constante. — Sim, pai, ele está quebrado e veio tentar te vender ações? - Não precisa ser um gênio para saber. — Não, Evans veio propor uma fusão da sua empresa com a minha, me daria sessenta por cento das suas ações. — Analiso friamente esse acordo. O rival do meu pai tinha um bom negócio, com a capacidade dos meus irmãos e de Paul, a empresa alcançaria margens ainda mais altas e melhores. — No caso, ele não quer que eu compre as ações, ele quer um elo mais forte… — Eu sabia o que ele queria, que elo era mais forte que um casamento? — Evans quer uma fusão, que as empresas sejam fundidas em uma e se tornem uma potência. Ele quer um casamento para manter a empresa ainda em sua família e aproveitar as regalias que meu nome leva. — Esse acordo era bom para eles, aliás, era excelente! — O que o senhor ganha? — Meu pai não era rico à toa, ele sabia exatamente onde mexer. — Ganho as ações de uma empresa que tem tudo para ser excepcional, fora que me livro de um concorrente que está me dando muita dor de cabeça. — Suspiro, imaginando onde eu entro nessa história. — Nosso pai explicou tudo isso para nós dois ainda no escritório e não gostamos dessa ideia, não achamos que um casamento é a melhor solução. — Caio fala. — Até falamos de nós nos casarmos com a jovem Carla, mas os patriarca da família acham que seria melhor um casamento entre Paul e você. Eu e Paul, eu e meu grande amor... — Vejo potencial no menino Paul, acho que o pai dele não explora o seu potencial ao máximo. E seria bom ter ele ao nosso lado cuidando da empresa. — Meu pai argumenta com os filhos. — Ele é um bom rapaz, nunca se meteu em confusão, a mãe dele só tem elogios em relação a ele no clube. Seria um bom partido para a nossa filha. — Minha fala pela primeira vez. Ofego com a possibilidade. Sou jogada para a memória do beijo que dei em Paul depois dele dizer que eu era linda como uma joia rara. Nossa, minhas bochechas chegam a queimar com a lembrança. Seus lábios eram tão macios, o leve aroma de uma bebida forte deixou o beijo mais devasso e perfeito para mim. E olha que eu nunca tinha recebido um beijo na vida, mas aquele foi o melhor beijo que eu dei. — Por isso queria casar os jovens Catarina e Paul, sei que seria um bom casamento. O menino é respeitoso e vai fazer a nossa menina feliz. — Meu pai diz, me olhando. — Então, minha filha, você poderia pensar sobre esse acordo que seria bom para ambas as partes? Eu sei que estudou com Paul e deve ter lembranças boas dele. — Oh, se eu tinha, pai… — Preciso pensar e conversar com Paul, preciso ouvi-lo também, até porque um casamento não é somente feito por uma pessoa. Eu realmente o acho um bom rapaz, mas acho necessária uma conversa franca das duas partes. — Digo e vejo a ira no olhar dos meus irmãos e o sorriso no rosto do meu pai. — Vamos fazer um jantar para que você possa falar com Paul, quero que tudo seja feito da melhor maneira possível. — Meu pai decreta e eu concordo. Agora me sinto ansiosa em saber o que Paul pensa sobre isso tudo. Será que ele quer se casar comigo?