Acordei com o peso de um corpo sobre o meu. Não era opressor, era reconfortante. Mehmet dormia profundamente, uma das mãos entrelaçada à minha, a outra ainda pousada em minha cintura, como se me guardasse mesmo em sonhos. Sua respiração era lenta, quase imperceptível, mas o calor que emanava dele me cercava por inteiro.
Lá fora, o dia já havia nascido. A mansão estava silenciosa, como se aguardasse o próximo sopro de caos. Meu corpo ainda sentia os ecos da noite anterior — a posse, o suor, os gemidos abafados, os olhos dele cravados em mim como uma sentença. Eu estava marcada. De todas as formas possíveis.
Me mexi com cuidado, sem querer acordá-lo. Mas ele murmurou meu nome como um feitiço e me puxou para mais perto, colando sua boca à minha nuca.
— Vai fugir de mim agora? — a voz rouca, arranhada pelo sono.
— Só precisava respirar. — sorri.
Ele me virou com um movimento rápido e me prendeu sob o corpo.
— Não tem permissão pra respirar longe de mim.
— Isso é um sequestro romântico?
—