O despertador tocou às 6h, mas Camille já estava desperta havia muito tempo. Dormir havia sido impossível. Cada vez que fechava os olhos, o rosto dele voltava. O olhar. A tensão contida. O silêncio dos dois. A sensação de que tudo aquilo estava acontecendo cedo demais… ou tarde demais. Ela rolou na cama, encarando o teto por alguns segundos. O reencontro ainda parecia um sonho, um que deixava o peito apertado e inquieto.
— Levanta, Camille.
Ela se obrigou a sentar, respirou fundo e caminhou até a cozinha. Preparou café. Tentou comer. Não conseguiu. Sete anos tentando seguir em frente. E bastou um encontro casual com Adam para que o mundo inteiro se reorganizasse ao redor dele. Ela prendeu o cabelo num coque solto, fez uma maquiagem leve e escolheu uma roupa sóbria, elegante: calça de alfaiataria cinza, blusa preta, blazer estruturado.
Quando saiu do apartamento, respirou fundo. O ar fresco da manhã misturava o aroma de concreto molhado com café das cafeterias que abriam cedo. Westbri