Ana
—Você é orgulhosa. Teimosa. Mas tá cansada. E precisa de uma pausa pra respirar. Eu posso te dar isso. Só precisa aceitar minha forma de fazer as coisas.
Olhei pela janela, tentando fugir da sensação que ele causava. Como se meu corpo tivesse vontade própria.
—E o que exatamente você espera de mim, Lex? Que eu sorria, use salto alto e diga sim pra tudo?
—Não. Espero que você continue sendo quem é. Porque é exatamente isso que vai deixar todo mundo obcecado por você.
A forma como ele falava… era como se ele já soubesse como eu reagiria. Como se tivesse estudado cada fissura minha.
Eu quis dizer "me deixa em paz". Mas minha boca abriu pra outra coisa:
—Só me leva pra casa.
Ele não disse nada. Apenas dirigiu em silêncio até parar o carro na frente da minha kitnet.
A tensão era tão densa que dava pra cortar com uma faca.
Antes que eu abrisse a porta, ele se aproximou. A respiração dele bateu no meu pescoço. Arrepiei inteira. Meu corpo congelou.
—Você tem noção do que tá começando aqui