Ana

—Lex!!!

Meu grito ecoou dentro da gruta, o som batendo nas paredes de pedra como se alguém estivesse zombando do meu desespero.

A superfície da água estava calma demais, como se tivesse engolido ele e decidido não devolver. Meu coração disparou, minhas mãos tremiam, e antes que eu pudesse pensar em qualquer consequência, pulei.

A água gelada me envolveu de um jeito cruel, cortando minha pele como se estivesse cheia de agulhas. O choque me tirou o ar, mas a urgência de achar Lex era maior do que qualquer frio.

—Lex! Onde você tá?! –engasguei, abrindo os olhos debaixo da água mesmo ardendo, tentando enxergar qualquer sinal.

De repente, ele surgiu ao meu lado, rindo. Sim, rindo. A cara dele brilhava de diversão, os cabelos molhados grudados na testa, enquanto eu ainda lutava para recuperar o fôlego.

—Você é maluco! –bati nele com a mão, indignada.

Ele levantou as mãos em rendição, ainda rindo. —Desculpa! Mas eu sabia que só assim você ia entrar. Funcionou, né?

Meus olhos arregalara