Ana
Saí da água arrepiada, sentindo meus cabelos colados no rosto e a pele gelada. O sol ainda se infiltrava pela abertura da gruta, mas não era o bastante para aquecer meu corpo.
Assim que me sentei em uma pedra, tentando recuperar o fôlego da palhaçada que o idiota tinha feito, Lex veio atrás de mim.
Ele subiu devagar, pingando água por todo lado, e me olhou com aquele sorriso sacana de sempre, fazia meu coração acelerar. Sem falar nada, ele pegou a camisa seca da mochila que tinha deixado no canto e estendeu pra mim.
— Veste, antes que congele.
Olhei pra ele desconfiada.
— Você vai me dar a sua camisa seca? — arqueei a sobrancelha.
— Claro. — ele deu de ombros, como se fosse óbvio. — Eu sempre venho preparado, ele tirou outra camisa da mochila e vestiu.
Revirei os olhos, mas peguei a camisa. O tecido cheirava a ele, aquela mistura de sabonete e perfume um pouco amadeirado. A sensação foi tão estranha que meu peito apertou. Coloquei por cima da roupa, mesmo larga demais, e deixei