Ana
Depois de horas naquele piquenique, eu ainda me sentia tonta de tanto rir com Lex. Cada palavra dele parecia calculada para me provocar, cada olhar tinha um peso diferente. Quando finalmente levantamos da manta, o sol já estava começando a descer, tingindo tudo de dourado, e eu percebi que o calor da tarde tinha me deixado mais relaxada do que eu imaginava.
— Vamos voltar antes que escureça — disse ele, jogando o último pedaço de pão para um esquilo que se aproximou curioso.
— Tá bom, chefinho! como quiser.— Devolvi, suspirando. — Mas só porque você tá insistindo.
Ele me olhou de lado, aquele sorriso que misturava diversão e desafio nos lábios, e disse:
— Você fala demais.
— E você fala de menos, mas parece que tem o poder de me deixar sem palavras. — Retruquei, cruzando os braços.
Ele riu e estendeu a mão para me ajudar a subir no cavalo. Dessa vez, o clima estava mais leve. Não era só provocação; havia uma intimidade confortável que crescia a cada minuto. Lex, como sempre, pare