Ana
A casa estava silenciosa depois que Lex saiu. Silenciosa tipo… assustadoramente silenciosa. Do tipo que até o barulho do meu chinelo ecoava como se eu tivesse invadido um museu.
Terminei o café, agradeci às três funcionárias (que pareciam personagens de uma sitcom sobre patroas ricas e suas ajudantes) e fiquei ali parada na sala de jantar, olhando em volta sem saber o que fazer da vida.
Quer dizer, o que uma pessoa normal faz quando acorda numa mansão de mil metros quadrados, com empregados e tal?
A cozinheira e a diarista saíram, e depois que a governanta salvar o seu numero no meu celular e me enviar os horários dos funcionários eu percebi que ficaria muito tempo sozinha nesse casarão.
Então fiz o que qualquer um faria.
Explorei a casa.
Peguei um suco, me senti num hotel cinco estrelas e comecei a explorar.
Primeiro, a sala. Eu juro que dava pra morar só ali dentro. Tinha sofá pra vinte pessoas, cortina de veludo que parecia roubada de um castelo europeu e uma lareira que eu ne