O calor suave de setembro trazia um novo ritmo para Istambul. As folhas mudavam de cor como se as årvores também carregassem a vontade de mudar.
Na İplikçi Shoes, a coleção Sentimentos ganhava forma. Sapatos com nomes como âVertigemâ, âSilĂȘncioâ, âPrimeiro Toqueâ e âPromessaâ jĂĄ ocupavam o quadro de inspiraçÔes na sala de criação. Era como se cada par contasse uma histĂłria â e Defne Topal sabia bem disso.
Desde o retorno de Ămer, os gestos haviam mudado. NĂŁo eram grandes. Eram minĂșsculos. Mas suficientes para fazer o coração se reorganizar.
Ele nĂŁo dizia que havia perdoado. Mas estava ali. E isso, por enquanto, bastava.
Apesar disso, havia algo que ainda pesava: Serkan.
Ela jamais deixara de pensar no irmĂŁo â o motivo de tudo ter começado.
A dĂvida com agiotas ainda pairava, silenciosa. Nos Ășltimos meses, Serkan estava mais distante, como se carregasse o peso da culpa em cada respiração. Trabalhava como entregador Ă noite, evitava conversa, fugia de afeto.
Uma manhĂŁ, Defne encontrou u