NĂŁo foi no olhar. Nem nas palavras. Mas no silĂȘncio entre os dois que brotou o primeiro gesto de recomeço.
Defne estendeu a caixa. A mesma que guardava tudo. O croqui, a pulseira, a carta.
â Se ainda dĂłi⊠é porque foi verdade. â ela disse.
Ămer nĂŁo respondeu de imediato. Apenas olhou a caixa, como se ela fosse uma semente. Algo que nĂŁo germina na pressa, mas que exige cuidado.
Ele abriu. Tocou os papéis. Leu a carta que nunca recebeu.
âVocĂȘ me ensinou sobre entrega. Eu te ensinei sobre medo. Talvez agora seja hora de aprendermos sobre escolha.â
Ele fechou os olhos. Respirou como quem volta a sentir.
Na empresa, o clima mudou.
Yasemin, ao vĂȘ-lo, teve um instante de surpresa. Mas depois⊠sorriu. Sabia que o destino, Ă s vezes, desarruma para depois reorganizar.
Sinan nĂŁo disse nada. Apenas passou por Ămer e tocou seu ombro. Um gesto breve. Mas cheio de respeito.
â Se for para voltar⊠â ele disse, sem olhar para trĂĄs â âŠque seja diferente.
Ă noite, Defne e Ămer caminharam atĂ© o bistrĂŽ. Se