⚠️⚠️ Para os leitores do livro “O Pai da Minha Amiga”, trouxe para vocês a sequência. ⚠️⚠️ A saga de dois corações destinados a se unir, mas separados por sonhos divergentes e tradições ancestrais. Mahjub, herdeiro do imponente Sheik Salim e Hope de Luca, a herdeira bilionária do congressista americano Mattia de Luca, estão presos em um acordo nupcial selado antes mesmo de Hope vir ao mundo. Criada longe do calor abrasador das areias que Mahjub chama de lar, Hope de Luca é uma alma livre, cuja paixão pelo balé a eleva acima das expectativas mundanas. Ela brilha nos palcos do Balé Bolshoi, algo que lhe salva do casamento arranjado que a espera. Mahjub, por outro lado, é um homem marcado pelas responsabilidades de sua linhagem. Embora não tenha crescido ao lado de Hope, nunca realmente a viu além de uma jovem mulher. Tudo muda em uma noite fatídica, sob os holofotes do grandioso Balé Bolshoi, onde Hope, deslumbrante, assume o palco e revela a Mahjub a mulher em que se transformou. A apresentação não somente captura o coração de Mahjub, mas também inicia uma reviravolta em suas vidas. Pela primeira vez, ele vê Hope não como um dever a ser cumprido, mas como uma mulher linda. À medida que Mahjub e Hope se redescobrem, eles também devem enfrentar os desafios impostos por suas culturas e os próprios sonhos. Este romance é uma dança delicada entre o dever e o desejo, mostrando que mesmo os laços mais rígidos do destino podem ser redefinidos pelo ritmo do coração.
Ler maisNotas da Autora: Se você leu os livros “O pai da minha amiga” e “Madame Suíça”, finalmente vai conhecer a história de amor entre Mahjub e Hope. Espero que gostem desse casal da mesma forma como eu me apaixonei por ele.
Obs.: Os livros são independentes, não havendo a necessidade de ler um para entender o outro. Todas as tramas são explicadas no decorrer do próprio livro. Sem mais deixo vocês com essa história. Dúvidas é só mandar um direct que atenderei a todos. Um beijo e até a próxima.
Carolina Al-Makki
Nunca pensei que criar o Mahjub com essa mistura de culturas fosse ser fácil. Eu, uma brasileira casada com dois homens, sendo que um deles abdicou de seu lugar como herdeiro do sheik no Sudão para ficar ao meu lado.
Criar o nosso filho, um pé aqui no Sudão e, ao mesmo tempo, dando conta de todas as minhas obrigações com a “First” e ao lado de Bruno, foi um pouco difícil nos primeiros meses, mas sempre tivemos muita ajuda para que tudo desse certo.
Mas essa fase que Mahjub está passando está me enlouquecendo e fazendo com que deseje voltar aos anos em que torturava homens para ter o que desejava. Enquanto estou aqui ajudando minha sogra a preparar o jantar para receber a família de Alessa e Mattia, estou com o pensamento no meu filho que resolveu nos dar trabalho.
— Minha Deusa, ele chegou… — Viro em direção ao Bruno que entra na cozinha.
Ele se aproxima lentamente de mim e, pela sua fisionomia, sei que os dois estão passando a mão na cabeça do filho. Limpo as mãos no avental que estava usando, observando atentamente o meu primeiro marido se aproximar de nossa sogra.
— Olá, al'umu… — Ela sorri e estica a cabeça para receber o seu beijo.
— Me diz que o corrigiram! — Exclamei irritada.
— Carol, ele é jovem, sabe que está fazendo isso para cancelarmos o compromisso. — Bruno tenta justificar.
Fecho os olhos, irritada, e me apoio na bancada, sinto os olhos dos dois em cima de mim. Sei que estão preocupados em como estou começando a ficar furiosa com a postura do Mahjub.
Mas está na hora de crescer e entender que a vida dele pode ser boa e feliz se parar de fazer essas idiotices por aí. Saio da cozinha e vou em direção ao escritório onde ele deve estar com Hassan e Salim.
Se esses três homens não dão conta de um menino de vinte e dois anos, podem ter certeza de que farei isso por eles. Entro no escritório e o vejo sentado despreocupadamente com um sorriso em seu rosto.
Sinto meu rosto esquentar irritada com isso, acho que Hassan percebe a minha intenção e se aproxima para tentar me conter, mas para o seu azar, ainda tenho bastante elasticidade e escapo de suas mãos. Consigo retirar o sapato de meu pé e me aproximo de meu filho inconsequente.
— Como… tem… coragem… de dormir… fora… de casa. — Em cada pausa, o acerto com minha sandália.
Ouço Salim rir de minha atitude e Hassan, tentando me segurar, acaba recebendo alguns golpes também. Via meu filho se encolher no sofá tentando se proteger das minhas investidas, mas sem muito sucesso.
— Mãe, al'umu… por favor, pare com isso… — Ele diz já caído no chão.
— Parar com isso? — Digo, alterando a voz. — Imagina a minha vergonha se você for fotografado, Mahjub…
Me afasto e deixo minha sandália cair no chão para poder calçar. Olho para Hassan, bem irritada, e aponto o meu indicador para ele.
— Resolva isso, você não gostará do que farei se ele continuar com essa atitude. Dei a minha palavra para Alessa e nunca faltei com ela. — Digo e olho para o meu filho ainda no chão com certa decepção.
Caminho em direção à pequena mesquita que Salim mandou construir aqui na nova casa. O fato de ter esse arranjo de casamento fez com que meu sogro providenciasse tudo para que os dois se conhecessem e se apaixonassem enquanto eram jovens. Me arrependo de não os aproximar desde a infância e os deixar crescer juntos, como Laís está fazendo com meus netos.
Como toda a nossa família está aqui, a casa está bastante agitada e quero apenas um momento de paz.
“Será que errei em dar a minha palavra para a Alessa”
O pensamento está me incomodando desde que soube que meu filho, herdeiro do Sheik, não havia dormido em casa, que havia ido para uma das boates do meu genro aqui na capital.
— Idealizar o meu casamento com o Henrique quando ainda tinha menos de quinze anos foi mais fácil, não é? — Viro o rosto para a minha filha que entra na pequena mesquita.
Ela retira os sapatos de seus pés e arruma o hijab em sinal de respeito.
— São coisas diferentes, mas mesmo assim foi muito mais fácil com você. — Não consigo conter a risada.
— Mãe? — Ela me chama ao sentar ao meu lado e me abraçar com carinho. — Eles são jovens e vocês sabiam que meu irmão daria trabalho quanto a isso.
— Tinha certeza de que ele começaria a enxergar a beleza da Hope, ela é maravilhosa, lembra tanto você. — A vejo gargalhar.
— Quando ainda era uma garota meiga e com medo de ser quem nasci para ser? — Sorrio e confirmo com a cabeça.
— Vou desfazer o compromisso, está na cara que foi um erro. — Digo chateada.
Sinto quando Laís deita a cabeça em meu ombro e suspira próximo ao meu ouvido. Com a decisão tomada, tenho certeza de que Salim não irá se opor, já que preza bastante a amizade com os de Luca.
Podemos encontrar outra mulher para ser a esposa do meu filho…
Faltava apenas conversar com os pais de Hope, o que provavelmente deverá ser a coisa mais difícil que farei desde que assumi ao mundo que sou casada com dois homens.
Gustavo LiraMeu filho é lindo. Tem os olhos da Vanessa, mas no resto ele se parece comigo. Ele veio para o meu colo e o abracei com todo o carinho que pude dar naquele momento que era só nosso. Vê-lo me chamar de papai me encheu de felicidade; queria poder mantê-lo em meus braços para sempre.Enquanto brincávamos, percebi que Vanessa conversava com Hector até que, novamente, ela ficou tonta. Já sabia: eram memórias vindo à tona. Fiquei ao seu lado até que se sentisse melhor, para que eles pudessem ter a conversa de que precisavam.Surpreendi-me ao perceber que o grande perseguidor, na verdade, era apenas um pai em busca da verdade e de sua filha. Olhando para eles dois juntos, e até para o Guilherme era possível notar semelhanças entre os três. Com tudo resolvido, deixei Vanessa à vontade para conversar com sua babá e fui falar com meu cunhado, que talvez fosse o sogro e pai dela. Só acreditaria na história quando um teste de DNA confirmasse a verdade.— Finalmente consigo ver minha
Vanessa DíazOuvir toda a história pelos olhos do Hector confirmou tudo que venho lembrando desde o acidente. Percebi que o soldado que a Carol matou foi justamente quem tentou me sequestrar; o olhar dele, cheio de cobiça, deixou claro que queria me fazer revelar onde estava o tal tesouro.Se usássemos apenas as informações do meu medalhão, provavelmente iríamos parar em Cuzco e talvez nada nos contasse sobre meu passado. Olho com cuidado para Hector, agora com a certeza de que é meu pai, e também de Miguel. Mas me pergunto por que Pablo nunca teve filhos com Marcília. Talvez essa seja uma pergunta sem resposta.Sinto agora compaixão pela mulher que tentou me criar; ela foi apenas mais uma mulher que se apaixonou por um homem cujo coração pertencia a outra.Ver meu irmão bem, de mãos dadas com Nik, me deixou pensando sobre o futuro. Ele é filho do nosso pai, e com minha decisão de não me envolver nisso, torna-se herdeiro da casa Carrillo. Mas quero conhecer minhas origens e sei que me
Hector Carrillo— Me diga, Hector, quem sou eu? — Olhei para a mulher à minha frente, ainda com traços que me eram familiares.A pergunta me assombrava desde que meu irmão começou a fugir, aumentando minha raiva ao ponto de querer matá-lo quando me disse que jamais teria aquilo que mais desejava nesta vida: o meu tesouro, “O Grande Tesouro dos Carrillo”.Olhei para aqueles olhos azuis, que haviam sido motivo da minha grande paixão no passado e também da guerra entre nossas casas. Quando mais precisávamos de ajuda, todos os amigos do meu pai haviam virado as costas para nossa família. Olhar para Yolanda era como olhar para sua mãe.— Ustedes dos son mí hijos! — Me ajeitei no sofá, observando Luiz aproximar-se de mim.“Vocês dois são meus filhos.”Ele sentou-se ao meu lado, porque assim como Pablo, aquela história fazia parte de cada um de nós três.— Não pode ser verdade… não faz sentido ser sua filha, enquanto sempre havia gente querendo me matar por aí. — Yolanda falava com raiva, ma
Vanessa DíazO olhar de todos é de incredulidade.Como assim não sou uma Carrillo?Todos perguntam ao mesmo tempo, cada vez mais próximos, quase me deixando sem ar. Se não fosse pela tensão do momento, com certeza estaria rindo da curiosidade deles, mas a que mais demonstra interesse é Carol.Nossos seguranças entram nos carros conosco e seguimos para um hotel luxuoso, em uma área valorizada da cidade. Os seguranças da Carol nos entregam os nomes usados na reserva.Subimos para nossos quartos, que ficam de frente um para o outro; os quartos ao lado são dos nossos seguranças. Estranhamente, sinto-me segura, principalmente depois do que me lembrei. Sei que Carrillo nunca quis uma guerra, mas ficará decepcionado ao descobrir que seu “grande tesouro” nada tem a ver com dinheiro ou drogas. Gustavo me ajuda a subir na cama para descansar, enquanto Carol e Bruno vão se refrescar.— Que tal um almoço mais leve, meu amor, enquanto esperamos Carol e Bruno voltarem? — Concordo com a cabeça e est
Vanessa DíazLembro que tenho essa medalha desde que me entendo por gente e nunca percebi que ela se abria. Mas, com a força que faço no fecho, ele se solta e revela o segredo escondido na pequena medalha.Sei que Miguel também tem uma parecida, dada pelo meu pai. Esta, porém, foi minha mãe quem me deu. No dia em que nos entregaram os cordões, ficou nítido que algo não agradava minha mãe. Foi quando comecei a perceber o carinho que Hector e meu pai me davam, mas sempre achei que fosse para compensar o desprezo que Marcília demonstrava a mim, enquanto ao Miguel se dedicava de todas as formas possíveis.Nunca me importei com a atenção que minha mãe não me dava, porque meu pai e meu tio supriram isso muito bem. Mesmo que eles tenham brigado e meu tio tenha matado os dois, ele sempre me tratou como uma filha, e o mesmo com Miguel.Agora, esse pequeno mapa… talvez seja verdade tudo o que falam sobre o tesouro que meu pai escondeu. Mesmo assim, não acredito que seja o que todos pensam. Não
Gustavo LiraAcordo ansioso. Sonhei com Guilherme correndo em minha direção, chamando: “Papai, papai”. Ele estava em um playground brincando com alguns carrinhos, e vários seguranças observavam para onde ele olhava. Eu o agarro e o coloco em meu colo, sinto seu cheirinho de limpeza, seus bracinhos circulam meu pescoço e o aperto com ternura.O pedacinho meu e da Vanessa está em meus braços e está seguro. Olho para seu rostinho e vejo que ele realmente é tão parecido comigo, tendo apenas os olhos da minha colombiana. Mas um barulho quebra nosso momento, e me abaixo para protegê-lo. Quando procuro ao redor, ele desapareceu dos meus braços; os seguranças estão apontando armas para Vanessa, que está ensanguentada.Acordo suado, com respiração ofegante, sentindo meu coração quase sair pela boca de tão forte que palpitava. Não conheço as pessoas com quem iremos nos encontrar. Quero ter certeza de que meu filho e minha noiva sairão ilesos desse encontro. Espero que Carol consiga realmente re
Último capítulo