Oliver Smith é um fazendeiro milionário de trinta e nove anos, que atua no ramo de gado e peles que são exportadas e vendidas pela sua empresa em Nova Iorque. Ele é um homem sério, que prefere montar em seu cavalo e sair pela propriedade sem rumo. Oliver é considerado pelas empregadas da Fazenda Smith como um colírio para os olhos, mas muitas nem sequer conseguem chegar em sua cama. Para a surpresa de muitos, seu irmão Liam, que mora em Nova Iorque e é CEO de suas empresas resolve visita-lo, trazendo consigo uma jovem estagiária que acaba trazendo a tona sentimentos que Oliver jamais imaginou sentir. Emma Darc, uma recém formada de vinte e cinco anos acaba sob o domínio do olhar de Oliver, um homem que mexe com sentimentos que Emma jamais imaginou sentir. Será que os dois vão conseguir superar a diferença de idade e os conflitos que aparecerão? Embarque comigo nesse romance e descubra!
Leer másOliver
Escutei os trotes do cavalo no solo enquanto mantinha meus olhos fechados.
A brisa fresca acariciou meu rosto como um bom amigo.
A solidão, que a muito tempo me abraçava de forma confortável, tornou-se mais que uma companhia para mim, agora ela é uma fiel amiga.
O homem se aproximou, e mesmo de olhos fechados eu sabia quem era.
_ Senhor, um dos gados fugiu. Não conseguimos encontra-lo.
Acabei rindo. Homens que a muito tempo trabalham para mim nessa fazenda conseguiram perder um dos gados? É até engraçado, são todos experientes e ainda sim comentem erros idiotas como esse.
_ Vá.
Ouvi ele se retirar. Respirei fundo, sentindo mais um pouco o perfume da macieira que fazia uma ótima sombra em dias de calor. Quando abri meus olhos observei Darcy, minha égua que me acompanha a mais de dez anos nestas terras. Ela é uma guerreira e ama correr.
Me levantei, sentindo meus ossos estalarem.
_ É Darcy, este cowboy aqui está ficando velho...
Ela relinchou como se estivesse entendendo cada uma de minhas palavras.
Tenho uma afinidade com Darcy como nunca tive com nenhum ser humano, nem mesmo com Liam, meu irmão mais novo.
Mesmo após a morte dos nossos pais permaneci distante, e Liam também.
Sempre fomos muito diferentes um do outro, e eu sei que no fundo Liam nem sequer sente minha falta, mas sei que sentimos falta dos nossos pais. Eram bons conosco, como pais devem ser, e rígidos quando necessário.
Meu pai era um fazendeiro que cavalgava o dia inteiro no sol, e no fim do dia sempre presenteava minha mãe com alguma flor que encontrara por acaso ou algo que ela queria muito.
Pude acompanhar esse amor mutuo dos dois por vinte anos até que o acidente aconteceu.
Ao retornarem de uma viagem de negócios o carro dos dois bateu contra uma vaca na estrada, causando a morte de ambos na mesma hora.
Tragédias assim são comuns por aqui, infelizmente.
Montei em Darcy, colocando os pensamentos longe. Ela pode sentir meus sentimentos dolorosos e começou a correr.
Ficamos quase uma hora a procura do gado até que finalmente encontrei.
Peguei meu velho laço que estava agarrado ao suporte da sela de Darcy. Girei-o no ar com precisão e arremessei em direção ao boi que nem sequer resistiu.
Quase duas horas depois, cavalgando vagarosamente cheguei na fazenda. Meus homens me encararam com um olhar de admiração, e as mulheres com luxuria.
Já estou acostumado a ter esses olhares em cima de mim, e tudo bem.
Quando finalmente meus pés tocaram o chão guiei Darcy até o celeiro para que tivesse o descanso merecido.
Estava cansado, sentindo cada vez mais meu corpo dolorido. Não é por falta de exercício físico, não consigo entender porque me sinto tão exausto. Talvez seja pela idade, afinal já tenho quase quarenta anos, ou talvez eu possa ter alguma doença e não saiba.
_ Patrão, deseja alguma ajuda?
Perguntou Nathaly quando coloquei meus pés no casarão.
_ Não.
Ela me seguiu até as escadas. Nathaly supre meus desejos quando preciso, mas ultimamente não sinto vontade nem de fazer sexo. Há algo de muito errado comigo.
_ Tem certeza? O senhor anda meio estranho ultimamente... está se sentindo bem?
Olhei para ela com raiva. Sei que Nath criou sentimentos por mim, mas não sinto absolutamente nada por ela.
Virei-me e segui para o meu quarto, deixando-a sem a resposta que desejava.
Quando entrei no meu quarto respirei fundo e olhei pela janela a propriedade radiante, com centenas de cabeças de gado, com muitas plantações incluindo de café. Há muito dinheiro girando aqui, mas nada consegue me fazer feliz. Minha conta bancária é recheada, tem tantos zeros que nem consigo contar, mas mesmo assim me sinto infeliz. Não gasto esse dinheiro com nada, nem com as coisas mais idiotas possíveis.
Minhas botas estão furadas, minhas camisetas surradas e minhas calças costuradas. A única coisa inteira nas minhas vestimentas é meu chapéu e meu cinto. Nada mais.
Até quando vou me sentir tão infeliz? Pensei que dinheiro comprasse felicidade, mas me enganei.
Pensei que sentiria, algum dia, o mesmo amor e afeto que meus pais sentiam um pelo outro, mas jamais imaginei que fosse tão complicado achar um par, alguém em quem eu possa confiar.
Desde que eles partiram eu procuro alguém, alguém que jamais encontrei e duvido muito que, a essa altura da vida, eu vá conseguir encontrar.
A maior parte das mulheres que se aproximam de mim é por interesse, somente isso.
Não me acho um homem feito, sou rústico, barbudo e grande. Não sou estúpido, somente um homem calado. Inspiro medo somente em quem realmente tem que me temer, e nada além disso.
Só espero não morrer sozinho, apenas isso...
Um ano depois... Emma Passei a mão em meu rosto ainda um pouco atordoada. Júnior não dormiu a noite inteira com cólica e a única forma de acalma-lo é no peito, mamando ou apenas estando ali. Sei que um bebê tem necessidades e que Júnior é manhoso, mas confesso que estou exausta, e também essa data me deixou profundamente traumatizada. Aproveitei a pausa e me sentei na varanda, mesmo com medo ainda me sento aqui, é o meu lugar de paz e caos. O tempo passou rápido, minha barriga cresceu e me deixou com dores nas costas até que em uma manhã quente de sol o nosso Oliver Júnior veio ao mundo. Sim, coloquei o nome do meu filho de Oliver, pois a felicidade do meu amado em descobrir que era um menino foi impagável. Eu não consegui fazer surpresa, estava nervosa em vê-lo baleado e para puxar assunto acabei deixando escapar que estava grávida de um menino. Oliver pulou de alegria e seu braço começou a sangrar. Fiquei ainda mais nervosa do que já estava, mas o cowboy parecia nem sentir o f
Oliver Meu coração estava batendo aceleradamente. A vontade de cometer uma loucura queria me dominar, mas eu sabia da necessidade de manter minha sanidade intacta para amparar Emma. Liam não saia nem um minuto do telefone enquanto estávamos dentro do carro. O dia já havia amanhecido e os raios de sol atingiam meu rosto. A lembrança do dia em que dei a aliança e o colar para Emma mexeu com meu interior, fazendo meu peito doer um pouco mais do que o normal. Coloquei a mão nele, sentindo meu coração pulsar. _ O senhor está bem? Perguntou Jericó que estava atrás de mim. Eu estava no banco do passageiro enquanto Liam dirigia e mexia no celular. Ele também me olhou. _ Sim, só um aperto... Eu não me sentia bem, porém o foco tem que ser Emma, somente ela e meu bebê. _ Oliver, se você estiver se sentindo mal pedirei a um dos meus homens para leva-lo até o hospital. Disse Liam muito sério. _ Estou bem irmão, só preciso dela, somente isso. Assim que eu tiver certeza que Emma está bem
EmmaMeu coração estava na boca. Ver Oliver sendo baleado partiu meu coração, e não pude deixar de perceber o desespero estampado no rosto do cowboy.Agora, estou em algum lugar que não conheço e tem uma venda tapando minha visão, mas tudo aqui fede a mofo.Minhas mãos estão amarradas pra trás e amordaça na minha boca machuca e me dá náusea.Ninguém falou nada comigo, não consegui ver o rosto de nenhum dos três que estão usando máscaras, mas ao que parece eles vão esperar mais um pouco para entrarem em contato com Oliver.Ainda estamos no Texas, não muito longe da fazenda pois não percorremos um caminho muito longo.Sinceramente não sei o que eles pretendem, só sei que quero que acabe logo.Estou me esforçando para ficar calma pois sei que meu bebê não merece passar por estresse, mas quando eles começam a discutir fico com medo._ Você quase matou o cara! Deveria ter atirado pra cima, seu idiota!Rosnou um deles. O outro se justificou, falando que Oliver estava quase nos alcançando.L
OliverTudo a minha volta parecia estar em câmera lenta. A raiva tomava conta de mim cada segundo que se passava, e por mais que eu tentasse entender o que estava acontecendo, não conseguia.Como? Como isso aconteceu? Como alguém sequestrou minha mulher debaixo do meu nariz?Essas perguntas martelavam na minha mente o tempo inteiro, e por mais que Liam me explicasse como tudo aconteceu, eu não conseguia entender como fui tão negligente com a minha mulher, com o meu filho.O tempo inteiro fiquei observando Emma pelas câmeras, e de repente ela foi para a lateral da casa e sumiu. Tenho câmeras em tudo, porém dois minutos antes dela desaparecer do meu campo de visão a câmera ficou com instabilidade e desligou.Quando ela andou para a lateral da casa corri do escritório até o lugar, mas já era tarde.Não consegui nem enxergar a placa do carro que levou ela.Minha propriedade é segura, porém a estrada que dá para a plantação de café perde o sinal com facilidade por ser mais afastada, e foi
Emma _ Emma, diga logo porque anda tão irritada comigo! Não aguento mais todo esse silêncio. O fato de saber que outras querem o que pertence a mim está mexendo muito com a minha cabeça, fazendo com que eu me vire contra Oliver. Em certos momentos eu não consigo entender nem a mim mesma, porque sei que Oliver não tem interesse em outras mulheres, somente em mim. Agora que eu sei o sexo do bebê Oliver tem ficado ainda mais no meu pé. Falei a ele que quero fazer surpresa, um daqueles chás revelação, mas ele insiste que é bobagem. Sei que ele diz isso somente porque está ansioso e quer saber logo se é um menino ou menina, mas isso não deixa de me irritar. _ Oliver, acho que essa criança nascerá com a sua cara! Ele parou um pouco e mexeu na barba, depois no cabelo e sentou ao meu lado me encarando com curiosidade, até que um sorriso meio bobo tomou conta de seus lábios. _ Sério? Por que? Você viu na ecografia? Será que ele não entendeu ainda que o bebê ainda parece um sapinho? _ P
Emma Obviamente a notícia se espalhou facilmente pela propriedade. No dia seguinte Jericó veio e me encher de abraços e beijos. Oliver ficou muito irritado, mas soube disfarçar. Fui recíproca, até porque pelo o que entendi Jericó teria mais interesse no meu homem do que em mim.A mãe dele veio e me abraçou apertado, com toda certeza o pequeno girino vai ganhar muitas roupinhas de crochê ou costuradas a mão, coisa que eu adoro e acho muito fofo.Toda essa novidade já tem um tempinho e Matt ainda não me disse nada, e sinceramente não quero pensar muito se ele gostou ou não, porque não é uma decisão dele, bem, não foi nem minha. Mas enfim, espero que ele já tenha superado o fato de não termos absolutamente nada, porque não me vejo nos braços de outro homem a não ser nos braços enormes de Oliver.Daqui para frente vamos enfrestar muitos olhares julgadores, principalmente eu, que cheguei a pouco tempo na vida do cowboy milionário e já consegui engravidar dele. Fico imaginando como será a r
Último capítulo