Jonas manteve os olhos fechados por alguns minutos, tentando organizar o caos que havia se instalado na própria mente.
A cada respiração, era como se a névoa lá fora ganhasse corpo, como se pressionasse contra as paredes, querendo invadir até os lugares mais escondidos do prédio.
"Não é só um surto... não é só um acidente."
"Isso foi provocado."
As peças começavam a se encaixar, ainda que de forma tortuosa.
Sua mãe sabia. Dona Tereza sabia. Talvez Camila e Victor soubessem também.
Algo aconteceu no passado — algo que eles tentaram esconder ou consertar — e que agora cobrava seu preço. Um ciclo que recomeçava, exatamente como as cartas e bilhetes insinuavam.
O altar... o portal... a escolha dos nomes.
O nome dele.
Jonas sentiu um peso no peito. Desde a infância, sempre teve sonhos estranhos. Sempre sentiu uma ligação incômoda com coisas que não sabia explicar. Era como se algo estivesse adormecido dentro dele. Algo que talvez eles soubessem, mas nunca tiveram coragem d