Jonas respira fundo e aproxima-se do quadro de Helena Monteverdi.
A moldura, apesar de imponente, parece estar ligeiramente afastada da parede.
Ele toca a borda com cuidado e percebe um clique metálico, como se algo destravasse.
Com esforço, desliza o quadro para o lado, revelando um compartimento escuro embutido na parede.
Lá dentro, uma caixa de madeira com fecho enferrujado repousa sobre uma prateleira coberta de poeira.
Ele a puxa para fora e sente seu peso — não é leve.
Ao abrir, encontra cartas antigas, amareladas pelo tempo, com selos de cera quebrados.
O papel cheira a fumaça e umidade, mas as palavras ainda são legíveis.
As primeiras linhas o fazem gelar:
"Ao Conselho do Pesador, comunico que a linhagem Monteverdi manteve sua parte do pacto, mas um deles ousou trair. A dívida, portanto, recai sobre todos os descendentes."
Embaixo, um maço de documentos descreve rituais, datas e até mesmo registros de execução de pessoas que desafiaram o Pesador.
Entre eles, há um nome que Jon