Jonas parou dentro da sala circular do Palácio de Vidro, logo depois de fugir do perseguidor.
Ali, diante do pedestal de mármore, ele encontrou o diário de capa preta com o brasão da família real.
Ao folhear, descobriu os registros sobre a morte dos pais do Pesador e uma lista dos criados envolvidos — e o último nome da lista trazia o sobrenome dele, revelando sua ligação direta com a tragédia.
Ou seja, ele está diante da revelação de que sua família faz parte da história do Pesador, e esse é o ponto exato em que a narrativa parou.
Jonas sente as pernas vacilarem, como se o chão de vidro sob seus pés fosse ceder a qualquer momento.
O diário pesa em suas mãos mais do que o mármore do pedestal.
O nome escrito ali brilha em sua mente como uma marca em brasa.
— Não… isso não pode ser — ele murmura, a voz embargada.
A lembrança de sua infância invade como um golpe: aquela ruína abandonada onde entrou ainda menino, o frio inexplicável, o sussurro nas paredes. Talvez o Pesador já estivesse a