Jonas se virou ao ouvir o som.
Passos.
Claramente passos pesados, ecoando pela escada de concreto.
Ele congelou, segurando a respiração. O cano de ferro firme em mãos, a lanterna oscilando entre os dedos suados. O som vinha de baixo, subindo lentamente, degrau por degrau.
Um rangido seco.
Mais um.
E então, silêncio.
Jonas recuou até a porta do apartamento, o coração martelando no peito. A névoa ainda serpenteava pelo corredor, tornando difícil ver além de alguns metros. A lanterna mal ajudava — a luz cortava a névoa como se ela tivesse peso, revelando apenas vultos turvos.
Ele apontou para a escada, prendendo o fôlego.
Nada.
Deu dois passos cautelosos até o patamar, a sensação incômoda de ser observado arrepiando sua nuca.
Olhou para baixo.
Olhou para cima.
Nenhum movimento.
Apenas a mesma névoa densa, os mesmos degraus sujos de marcas escuras, e aquele cheiro adocicado, de coisa estragada.
O som... havia sumido.
Como se nunca tivesse existido.
Jonas sentiu um arrepio correr pela espi