A batida na porta soou seca, cortante. Camila ergueu o rosto dos braços de Leonardo e o olhou com um misto de apreensão e exaustão.
— Quem será a essa hora? — perguntou ele, caminhando até a entrada da suíte.
Quando abriu a porta, Leonardo deu de cara com o passado — maquiado, frio e carregado de intenção.
— Laura? — Ele franziu o cenho. — O que você está fazendo aqui?
Ela ergueu a pasta preta com elegância, como se entregasse uma sentença.
— Vim trazer respostas. Ou, quem sabe, terminar o que nunca começou.
Camila apareceu atrás dele, surpresa ao ver a mulher.
— Eu não pedi ajuda — disse, firme.
— Não — rebateu Laura, entrando sem ser convidada — mas a verdade não precisa de convite. Ela apenas... chega.
Leonardo fechou a porta com um suspiro irritado. A presença de Laura nunca significava algo simples. Ela era movida a venenos lentos e revelações destrutivas. E, naquele momento, ela parecia saborear cada segundo.
— Do que se trata? — perguntou Camila, cruzando os braços.
Laura jogou