O relógio marcava quase meia-noite quando Camila trancou a porta do apartamento com uma firmeza que nem ela sabia que tinha. O coração ainda pulsava acelerado depois da visita inesperada. Era mais do que uma simples ameaça; era um aviso silencioso de que Rodrigo estava mais perto do que jamais imaginara.
— Ele não brinca — disse Leonardo, enquanto cruzava os braços, fitando a rua pela janela. — Isso não é mais um jogo de gato e rato. Ele está apertando o cerco.
Alexandre aproximou-se, o rosto sério iluminado pela luz tênue da lâmpada. — Precisamos agir antes que o cerco se feche de vez. Cada passo errado pode ser fatal.
Camila sentou-se, fechando os olhos por um instante. O peso das últimas semanas parecia um fardo quase insuportável, mas a vontade de vencer, de finalmente apagar as sombras do passado, a mantinha firme.
— Rodrigo acha que pode me controlar — falou, a voz carregada de determinação. — Que pode apagar tudo o que sou. Mas ele não sabe que a melhor arma que eu tenho... é a