O silêncio que se seguiu à ameaça de Rodrigo parecia mais ensurdecedor que qualquer grito. No bunker, as telas ainda tremiam com os resquícios da transmissão encerrada, e o som abafado da própria respiração de Camila era tudo o que ela ouvia.
Leonardo caminhava de um lado para o outro, as mãos cerradas, o olhar afiado, cortante. Seu maxilar estava tão rígido que parecia prestes a estalar. Aquela expressão... não era só raiva. Era guerra.
— Isso muda tudo. — Ele parou, respirando fundo, olhando diretamente para ela. — Rodrigo não só sabe que estamos nos movendo... como deixou claro que agora é pessoal.
Camila apertou os braços ao redor do próprio corpo, tentando encontrar algum traço de estabilidade no meio daquele terremoto que parecia destruir tudo ao seu redor.
— O que ele quer... — Sua voz saiu falha, quase um sussurro. — ...é me quebrar. Me fazer recuar. Me fazer... desaparecer.
Leonardo se aproximou, segurando o queixo dela, forçando-a a encará-lo. — E você vai deixar? — Sua voz