O relógio marcava quase meia-noite quando Camila sentiu o peso das decisões tomadas ao longo do dia se acumularem em seus ombros. A mansão onde estava hospedada parecia maior e mais silenciosa do que nunca, os corredores amplos refletiam as sombras de seus pensamentos confusos. Ela caminhava lentamente até a varanda, onde o vento frio da noite parisiense a envolvia, quase como um convite para esquecer tudo e se perder no vazio.
Mas Camila não podia se perder. Não agora.
Sua mente revisitava o encontro com Leonardo horas antes, as palavras dele ecoando como promessas e avisos. Ele parecia diferente daquela vez, menos rígido, mais vulnerável. Mas havia algo nos olhos dele que a deixava alerta — um misto de afeto e medo. Medo do que o futuro lhes reservava.
E, claro, havia Alexandre. Sempre Alexandre. Aquele homem que surgia nas horas mais inesperadas, envolto em mistério e segredos, que parecia conhecer mais sobre ela do que qualquer outro. Ele era fogo e gelo, perigo e refúgio. Camila