58. O SEQUESTRO
Os dias que se seguiram à cerimônia foram como um mergulho em um conto de fadas. Cada momento ao lado de Miguel parecia feito de luz, riso e amor — algo que Deise jamais imaginou viver em meio ao caos que um dia foi sua realidade. A natureza ao redor, o silêncio das árvores, o conforto dos toques trocados e os olhares cúmplices tornaram aqueles três dias no Parque Nacional Olímpico absolutamente inesquecíveis. Eles se amavam com calma, com ardor, com entrega. Se houvesse uma palavra para descrever o que sentia, seria: liberdade.
Mas como todo sonho, aquele também teve um fim.
Na manhã do quarto dia, enquanto arrumavam suas malas, Deise olhou para Miguel com os olhos marejados. Não por tristeza, mas por gratidão.
— Foi tudo tão… perfeito — disse ela, em voz baixa, encostando a cabeça no peito dele.
Miguel a abraçou com firmeza, afagando seus cabelos com ternura.
— E será ainda melhor quando estivermos de volta, com Matias e Maria. Eles vão amar ouvir nossas histórias.
Com um sorriso le