60. O DESESPERO DE MIGUEL
Já era noite em Nova Jersey quando Miguel entrou em casa, acompanhado por Telles. O peso das últimas horas parecia ter deixado cada passo mais lento, e o ar no ambiente parecia carregado de tensão e desespero. Assim que cruzou a porta, Miguel largou o paletó sobre o encosto de uma cadeira e afundou no sofá, como se suas forças tivessem se esgotado por completo. O olhar estava perdido, fixo em um ponto qualquer, mas sem realmente enxergar nada.
— Onde será que ela está? — a voz dele saiu trêmula, embargada pela angústia. — Meu Deus… o que pode estar acontecendo com ela agora? — completou, levando as mãos ao rosto, tentando conter as lágrimas que já deslizavam.
Telles se sentou na poltrona ao lado, observando o amigo com preocupação. Ele próprio estava inquieto, mas tentava manter a calma para não piorar o estado de Miguel.
— Já fizemos tudo o que podíamos hoje, Miguel — disse com um tom sereno, mas firme. — Agora, por mais que doa, só nos resta esperar. O FBI está com todas as informaç