Alicia vivia um momento mágico. Rodeada de amor, carinho e entusiasmo por parte de todos à sua volta, principalmente de Roberto, que fazia questão de cuidar de cada detalhe do casamento como se fosse a realização de um sonho antigo. Mas, no fundo do peito, em uma caixinha escondida de lembranças, havia algo que ainda a fazia suspirar em silêncio: o homem da Grécia.
Era quase como um fantasma sensorial. Um toque que o tempo não apagava, uma conexão inexplicável que o corpo ainda reconhecia. Às vezes, quando estava sozinha no banho ou deitada antes de dormir, flashes daquela noite surgiam, como se seu corpo se lembrasse mesmo quando sua mente tentava esquecer. Ela não sabia o nome dele. Não sabia de onde vinha, nem se um dia voltaria a vê-lo. Aquele homem era só uma lembrança quente e profunda, sem rosto completo, sem identidade, mas cheia de intensidade.
Mas Alicia não era mulher de viver presa ao passado. Ela havia feito uma escolha — e era Roberto. Ele era bom, carinhoso, presente. U