EM NOME DO FILHO
EM NOME DO FILHO
Por: Crisfer
Prólogo

O pôr do sol tingia o céu de Mykonos com tons alaranjados, e a brisa salgada do mar dançava pelos cabelos de Alicia enquanto ela segurava um drinque colorido nas mãos. As luzes do bar à beira da praia começavam a piscar com suavidade, criando um cenário quase onírico. Risos, música, corpos dançando — o verão grego pulsava ao redor dela como uma celebração à vida.

Marisa, sua amiga mais ousada, se aproximou com um sorriso malicioso no rosto.

— Aquele homem ali está te devorando com os olhos — sussurrou, inclinando-se para falar em seu ouvido. — Cabelos grisalhos, terno aberto, olhar quente... Que perigo, amiga.

Alicia virou o rosto discretamente e o viu. Ele estava encostado no balcão, com um copo de uísque nas mãos, os olhos cravados nela como se fossem dois faróis em meio à penumbra do lugar.

Era mais velho, sim. Muito mais velho.

Mas havia nele algo magnético — uma presença que misturava elegância e masculinidade bruta. O cabelo grisalho dava a ele um ar sofisticado e maduro, mas era o jeito como ele a olhava que fez o coração de Alicia acelerar. Um calor inesperado subiu por sua pele.

Quando seus olhares se cruzaram, foi como se o tempo perdesse o ritmo. Ele sorriu, um sorriso contido, quase perigoso, e começou a se aproximar com passos lentos, firmes, como quem já sabia que ela não recusaria.

— Dança comigo? — a voz dele era rouca, profunda, com um sotaque indefinido que só aumentava o mistério.

Ela não respondeu. Apenas estendeu a mão.

Na pista, os corpos se encontraram como peças de um quebra-cabeça que já se conheciam. Ele a segurou pela cintura com firmeza, sem pressa, e ela sentiu a força sob os dedos longos e decididos. Alicia se deixou levar pelo ritmo e pelo calor do corpo masculino colado ao seu. Cada movimento, cada toque, era como se ele a lesse com exatidão. Seu perfume amadeirado, sua respiração próxima ao ouvido dela, a maneira como ele a conduzia com domínio absoluto... aquilo não era apenas uma dança — era uma promessa não dita.

João sentiu algo novo percorrer suas veias. A moça nos braços dele era jovem, absurdamente bonita e vibrante, mas havia nela algo mais — um brilho curioso no olhar, uma sensualidade que se revelava sem esforço. Ele sabia que ela era perigosa. Sabia que deveria se controlar.

Mas não conseguia.

Na pista, ele a puxou ainda mais contra si, seu corpo quente e duro colado ao dela. Uma mão firme na sua cintura, a outra segurando sua nuca com posse. Alicia sentiu o calor dele através do vestido, o jeito como ele a conduzia com autoridade, como se já soubesse exatamente como ela gostava de ser tocada. Seus quadris se moviam contra os dela, e ela podia sentir a pressão crescente entre suas pernas, a excitação que já latejava em seu sangue.

João não disfarçava o que queria. Seus dedos traçavam a curva das suas costas, desciam até a base da sua coluna, apertando com possessividade. Ele inclinou a cabeça, os lábios roçando seu pescoço, e ela arqueou contra ele, um gemido baixo escapando quando seus dentes fecharam suavemente em sua pele.

— Você é tão linda, já está molhada pra mim? — ele sussurrou, a voz um rugido no seu ouvido.

Ela não respondeu. Mas ele sabia.

Eles não trocaram nomes. Nem precisavam. Era um pacto silencioso.

---

O elevador do hotel mal havia fechado quando João a empurrou contra a parede, seus lábios emitindo sons roucos e devorando os dela com uma fome que não podia mais ser contida.

— Não quero nem saber seu nome — ele respirou, a voz um comando áspero entre beijos. — Só quero te sentir até não aguentar mais.

Alicia não protestou. Em vez disso, o agarrou pelo colarinho e o arrastou para dentro do quarto, os corpos colados, as mãos já desfazendo os botões da camisa dele. A porta mal se fechou quando ele a levantou, suas pernas se enrolando automaticamente em sua cintura, e os dois caíram na cama num emaranhado de desejo e tecido rasgado.

João deitou sobre ela, seu corpo quente e pesado, e ergueu o vestido num movimento fluido, a deixando nua sob ele. As mãos dele percorreram sua pele como um homem faminto tocando um banquete, e quando seus dedos encontraram a umidade entre suas pernas, um rosnado escapou de sua garganta.

—Já está tão pronta pra mim — murmurou, os olhos escuros ardendo.

Ele não esperou. Seus lábios desceram pelo seu pescoço, mordiscando a pele sensível, enquanto suas mãos apertavam seus seios com firmeza, os dedos torcendo seus mamilos até ela arquejar. Cada beijo era uma promessa, cada toque uma marca de posse. Ele desceu mais, sua boca quente percorrendo sua barriga, até que seu hálito queimou a pele mais íntima dela.

Alicia gemeu alto quando sua língua a encontrou, lambendo, sugando, bebendo dela como se fosse a única fonte de água no deserto. Ele não tinha pressa, explorando cada dobra, cada ponto sensível, até que suas pernas tremeram e seu corpo se curvou num orgasmo intenso, os dedos se enterrando em seus cabelos grisalhos.

— Isso — ele sussurrou, levantando o rosto molhado dela. — É só o começo, pequena.

Ele se levantou, se despindo com movimentos deliberados, e Alicia não pôde evitar admirar o corpo dele. Apesar da idade, ele era esculpido —ombros largos, abdômen definido, músculos que contavam histórias de disciplina e força. E quando ele se aproximou novamente, seu membro duro e impaciente, ela não resistiu.

Antes que ele pudesse se deitar sobre ela, Alicia o empurrou para a cama e se ajoelhou entre suas pernas, seus lábios o envolvendo com devoção. Ela sabia o que queria — gosto dele, os gemidos roucos que escapavam de sua garganta, a maneira como seus músculos se tensionavam sob sua boca. Ela o levou até a borda, sua língua traçando cada veia, até que ele explodiu em seu paladar, o sabor cítrico e salgado dele inundando sua boca.

João respirou fundo, os olhos fechados por um instante, antes de puxar ela para cima dele, seus corpos se encontrando novamente em um beijo profundo, selvagem.

—Agora — ele rosnou, virando ela de costas e puxando seus quadris para cima. — É a minha vez de sentir o quanto.voce é apertada, pequena.

E ele cumpriu a promessa.

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