POV CATARINA
José Eduardo ficou me olhando, confuso. Natália não tinha dito aquilo, mas quem ligava? Fato era que essa “mentirinha” que contei poria fogo na amizade dos dois e talvez minasse qualquer expectativa da sebosa da Natália de ter algo com meu primo.
Só que, ao pensar por esse ângulo, senti um frio na barriga e fiquei empolgada. Mas estar empolgada por saber que José Eduardo estaria livre não me pareceu algo interessante. Por que eu sentia aquilo?
— Deixa que da Natália cuido depois. Ela não pode sair falando essas coisas…
— Já se pegaram? — perguntei, muito interessada.
Mas José Eduardo percebeu meu interesse e abriu um riso malicioso.
— Tá querendo saber por quê? Tá interessada em algo?
Eu me recompus e quase gaguejei:
— Não viaja, não viaja. Somos primos, eca!
— Primos por definição legal. Eu sou adotado. Não temos o mesmo sangue!
— Que ideia! Nada a ver. Eu só quis saber por curiosidade e pelo que a Natália disse. Pelo que deu a entender, a coisa entre você e ela seria sé