Ozil
A água quente ainda escorria por nossas peles enquanto ela se apoiava em meu peito, ofegante, com o corpo colado ao meu. O vapor do banho nublava o vidro do box, mas nada nublava a certeza que eu tinha naquele momento: Alana era minha. Por completo. Pela primeira vez, sem barreiras, sem desculpas, sem “mas” nem culpas. Ela tinha voltado para mim, não que ela alguma vez tivesse sido minha , mas que era um começo, mesmo depois de tudo. E eu não pretendia soltá-la tão cedo.
Meus dedos acariciavam lentamente sua coluna, subindo e descendo, enquanto ela mantinha os olhos fechados, saboreando o momento. Beijei sua testa com calma, como se selasse um pacto silencioso. Algo dentro de mim se acalmava quando a tinha assim: entregue, minha, e apenas minha.
— Eu ainda não acredito que você voltou… — murmurei, minha voz baixa, rouca pela emoção e desejo ainda pulsando nas veias.
Ela sorriu com os olhos semicerrados, o rosto repousado em meu ombro. — Não sei o que dizer, mas eu me sinto se