Um ano depois...
Doze meses desde o dia em que o mundo parecia prestes a ruir — e, de algum modo, floresceu.
O sol de outono entrava pela janela da sala com a mesma delicadeza com que Miguel respirava no berço, naquela primeira noite. Mas agora ele corria pela casa, rindo alto, com passinhos ainda incertos, os braços abertos como quem tentava abraçar o mundo inteiro.
Isabella colocava balões azuis nas paredes enquanto cantarolava uma música antiga de ninar. Estava descalça, de vestido leve, o cabelo preso de qualquer jeito, as bochechas coradas. A felicidade não era exagerada — era natural. Ser mãe havia mudado a estrutura do seu rosto, da sua alma.
— Você acha