O ronco do motor cortou o silêncio da manhã quando o carro preto parou em frente à casa. O veículo imponente, com vidros escuros e brilho impecável, parecia um prenúncio do que estava por vir.
Sophia segurou firme a alça da pequena mala ao seu lado, sentindo o coração martelar dentro do peito. Era o momento em que tudo se tornava real.
Atrás dela, Hanna envolveu sua cintura em um abraço apertado.
— Vai demorar muito? — a garotinha murmurou, com a voz carregada de insegurança.
Sophia fechou os olhos por um breve instante, aproveitando a sensação do calor da irmã contra seu corpo.
— Vai passar rapidinho, meu amor. Quando eu voltar, vamos assistir aquele filme que você ama, combinado?
Hanna assentiu contra seu peito, mas não a soltou.
Blanca, parada ao lado das filhas, suspirou fundo.
— Tem certeza disso, Sophia?
Sophia engoliu seco e forçou um sorriso.
— Eu preciso fazer isso, mãe.
Blanca assentiu lentamente, mas seus olhos diziam tudo. Ela estava preocupada.
Sophia afastou Hanna delica