Sophia mexia distraidamente na taça de vinho, com o olhar perdido por um momento. O restaurante estava cheio, mas nada ao redor parecia importar. Sua amiga, Amélia, sentada à sua frente, arqueou uma sobrancelha e inclinou-se sobre a mesa, ansiosa.
— Então? Como foi o encontro com o empresário? — perguntou, quase sussurrando, como se o simples ato de mencionar o homem misterioso trouxesse perigo ao ambiente.
Sophia soltou um suspiro, um sorriso contornou seus lábios rosados e delicados. Tomou um gole do vinho antes de responder.
— Intenso. Ele me olhou como um lobo olha para a presa, Amélia. Como se pudesse me devorar ali mesmo, sem qualquer cerimônia.
Amélia arregalou os olhos, largando o garfo sobre o prato.
— Meu Deus, Sophia! Você está ouvindo o que está dizendo? Esse cara parece perigoso.
Sophia deu um sorriso enigmático e balançou a cabeça.
— Perigoso, sim. Mas também é irresistível. Há algo nele que me faz querer correr… e ao mesmo tempo ficar. Como se o perigo fosse a parte mai