Os dias que se seguiram ao beijo pareciam pintados com um brilho diferente. Laura andava leve, distraída, os pensamentos sempre voltando ao mesmo ponto: os lábios de Apollo, o calor do toque dele, a sensação de finalmente ter cedido ao que tanto relutou sentir.
As mensagens entre eles eram constantes.
> Bom dia, minha Laura. Sonhei com a gente. Acho que meu coração ainda tá no teu sorriso.
> Bom dia, Apollo. Eu também sonhei. E acordei sorrindo. Isso é normal?
> Não. Isso é estar apaixonado.
E estavam. Não diziam com todas as letras — ainda não — mas o sentimento pulsava, dançava entre as palavras, escapava pelas entrelinhas. Os sorrisos se prolongavam diante da tela, os áudios chegavam com sussurros doces antes de dormir. Era uma bolha silenciosa de alegria íntima.
Mesmo assim, Laura não conseguia evitar os momentos de dúvida. Por vezes, se pegava olhando para o espelho e se perguntando se estava indo rápido demais, se era real, se aquilo tudo não era apenas uma ilusão passageira. Ma