Era quase noite quando Laura decidiu ir até o apartamento de Apollo.Ela já havia ensaiado o que diria dezenas de vezes: que sentia falta dele, que não entendia seu silêncio, que só queria ouvir a verdade — mesmo que doesse. Mas nada a preparou para o que realmente encontrou.Apollo abriu a porta com o rosto sério, os olhos cansados. O mesmo homem que, dias atrás, havia confessado querer beijá-la, agora parecia distante, fechado, como se vestisse uma armadura.— Oi — ela disse, nervosa. — A gente precisa conversar.— Acho que não tem mais o que conversar, Laura.Ela travou.— Como assim?Ele desviou o olhar, cruzando os braços como se aquilo fosse protegê-lo da dor que estava prestes a causar — ou, talvez, para esconder a verdade que ardia dentro dele.— Eu pensei melhor sobre tudo. Sobre nós. E percebi que… foi um erro. Aquela conversa no telhado, o jantar… não era real. Eu confundi as coisas. A gente é amigo, só isso.Laura ficou em silêncio por alguns segundos, tentando entender se
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