O som dos carros, o barulho apressado das ruas e a claridade filtrada pelas janelas do apartamento eram um contraste gritante com a paz silenciosa do chalé onde haviam passado os últimos dias. O relógio marcava sete da manhã, e o despertador tocou com um som agudo demais para um casal que havia se acostumado ao canto dos pássaros e ao farfalhar das folhas.
Laura abriu os olhos devagar, franzindo o nariz. Apollo, ainda enroscado nela, murmurou:— Esse alarme parece um castigo divino.— Bem-vindo à realidade. — Ela riu, escondendo o rosto no peito dele. — Casados e com contas pra pagar.— É... a lua de mel acabou.— Mas o amor não. — ela sussurrou.Ele a beijou no topo da cabeça antes de se levantar com dificuldade.— Tá legal... onde é que fica o botão do modo “vida adulta”?---O primeiro dia de volta foi um emaranhado de compromissos. Laura retomou os atendimentos no estúdio de design onde trabalh