Aurora.
Esse foi o nome que escolheram.Laura o disse em voz alta pela primeira vez enquanto acariciava a barriga, sentada na poltrona branca do quarto que estavam montando. Apollo ouviu e parou o que estava fazendo — tentava montar o berço sem olhar o manual.— Aurora? — ele repetiu.— A luz depois da escuridão. O recomeço. O nascer de um novo dia... — Ela virou o rosto para ele. — Acho que é o nome dela.Apollo deixou a chave de fenda cair devagar no chão e foi até Laura. Ajoelhou-se, pousou a cabeça sobre a barriga já um pouco saliente e sussurrou:— Oi, Aurora. Eu sou o seu pai. E vou te amar pra sempre.---Os preparativos começaram como um redemoinho de emoções. O quarto foi ganhando vida aos poucos: tons de lilás e creme, bichinhos de pelúcia, quadros com frases inspiradoras, e o móbile que Apollo montou sozinho e pendurou com orgulho sobre o berço.Laura, porém, começou a sentir as mudanças emocionai