Capítulo 70, o jogo mais está ainda mais perigoso.
Amber
O hospital cheirava a desinfetante lisoforme e esperança. Andei pelos corredores com um pequeno buquê de flores de girassol, que Sol tinha me entregado antes de sair para a terapia com sua avó Helena.
“Pra minha mame ficar mais feliz, tia Banber”, ela disse e aquele gesto singelo bastou para aquecer meu coração.
Lua me esperava no quarto, deitada, com o semblante sereno — bem diferente do pânico que a dominara na noite da festa. Assim que me viu, abriu um sorriso suave.
— Amber… — estendeu a mão. — Que bom que você veio, em pouco tempo você se tornou minha melhor amiga, isso porque eu morria de ciúmes de você com o Eduardo!
— Claro que vim. — Sentei na poltrona ao lado da cama. — Eu fiquei tão preocupada com você, e quem ama cuida.
Ela suspirou, emocionada. — Acho que agora entendo o que chamam de “susto que vira bênção”.
Demorei alguns segundos para entender. — O bebê?
Ela assentiu, os olhos marejados. — Sim. Eu ainda nem acredito.
Sorri largo, sentindo uma alegria genuína por