Capítulo 39, Eu estarei com ele sempre.
(Lua)
Assim que vi Thiago sair do escritório de Eduardo, com aquele sorriso cínico colado ao rosto, senti um arrepio percorrer minha espinha. Aquele homem tinha o dom de envenenar tudo o que tocava. Sua presença era como um veneno espalhado no ar, sufocante, corrosivo. Ele passou por mim no corredor sem sequer olhar para trás, como se tivesse acabado de cometer um crime perfeito, como se cada passo fosse o triunfo de alguém que sabia exatamente onde havia atingido.
Meu coração disparou, latejando dentro do peito como se quisesse me alertar de que algo terrível havia acontecido ali dentro. Respirei fundo, tentando reunir forças, mas meus dedos tremiam quando alcancei a maçaneta. Empurrei a porta devagar, com medo do que encontraria.
E então vi.
A cena me destruiu.
Eduardo estava sozinho, sentado em sua cadeira imponente — que, naquele instante, parecia maior do que ele. O rosto estava enterrado entre as mãos, os ombros largos curvados, o corpo inteiro tremendo. Não era apenas um choro