Capítulo 20, Confrontando meu pai.
(Eduardo Duarte Galvão)
Eu sempre me considerei um homem que mantinha o controle. Minhas decisões eram frias, racionais, calculadas. Cada passo, cada palavra, cada acordo… tudo tinha uma lógica, uma estratégia.
Controle era o que me definia. Era o que me tornava quem eu sou.
Mas ultimamente, desde que Lua entrou na minha vida, esse controle vinha escorregando pelas minhas mãos como areia entre os dedos.
Primeiro, eu inventei aquela maldita mentira. Disse que ela era minha namorada na frente de Thiago, achando que estava a protegendo. Eu, o homem das estratégias perfeitas, caí no erro mais amador: improvisar com o coração. E agora? A empresa inteira virou um redemoinho de fofocas.
Vejo os olhares quando ela passa pelos corredores. Escuto os cochichos abafados que fingem não existir. Lua caminha de queixo erguido, mas os olhos dela… os olhos denunciam a dor.
E eu? Eu a observo, fingindo não me importar, quando na verdade me importo mais do que gostaria de admitir.
Mas hoje foi pior. Hoj