Capítulo 21, início de algo novo.

(Eduardo Duarte Galvão)

Nunca fui homem de bater em portas humildes. Não por desprezo, mas porque meu mundo sempre foi o dos prédios de vidro, dos carros importados, das mansões cercadas por muros altos e portões automáticos. Tudo sempre cercado por seguranças e silêncios calculados.

Mas ali estava eu, parado diante da casa simples de Laura. Uma fachada discreta, com tinta descascando nas paredes e um pequeno jardim que insistia em florir apesar do concreto ao redor.

Laura… a mulher que, em muitos momentos da minha infância, foi mais mãe para mim do que a minha própria mãe. Porque antes de ser minha secretária, ela foi a minha babá. Foi ela quem me ensinou a amarrar o cadarço, quem me embalou nas noites em que minha mãe estava ocupada demais, quem limpava meus joelhos ralados quando meu pai dizia apenas “levante-se e seja forte”.

Bati na porta de madeira gasta pelo tempo. O som ecoou baixo, quase tímido.

Antes que alguém viesse atender, ouvi passinhos correndo pelo corredor e uma vozi
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