115, nosso lar cheio de amor.
VISÃO DE AMBER
Eu sempre gostei da sensação de manhã calma dentro de casa, aquela luz suave atravessando a cortina, deixando o ar com cheiro de começo de dia. Mas ultimamente não existia nada realmente calmo na nossa rotina. As coisas tinham se tornado… intensas. Pesadas. E, ao mesmo tempo, cheias de amor. Era uma mistura confusa, mas bonita, que eu tentava equilibrar como podia.
Alyce estava no tapete da sala, meio apoiada nos travesseiros coloridos que eu espalhei para ela. Ainda estava fraca — cada dia um pouquinho melhor, mas ainda longe de ser aquela menina cheia de energia que corria pela casa sem parar. Sol estava ao lado dela, deitada de bruços, com os pés balançando no ar e a língua para fora num gesto de concentração enquanto desenhava.
E eu… estava com Ester nos braços, minha afilhada linda, que Deus e a lua me deu de presente.
A pequenininha mamava sua mamadeira com aquela paz que só os bebês têm quando o mundo ainda parece simples. Seus olhinhos fechavam e abriam devaga