Isadora estava sentada na cama, o lençol puxado até a cintura, as mãos trêmulas repousando sobre o colo. Dr. Álvaro terminava de verificar seus sinais vitais. Matteo, de braços cruzados, recostado na parede ao lado da porta, assistia a tudo em silêncio, com um olhar que ardia mais do que qualquer febre.
— Nada grave. Está fraca, desidratada… mas o bebê está bem. — O médico disse, antes de recolher a maleta e sair do quarto com um aceno rápido.
Assim que a porta se fechou, Matteo se afastou da parede. Seus passos lentos contrastavam com a pressão em seu maxilar, que denunciava a tempestade contida.
— Quero saber quem era o homem que te ajudou. — A voz dele veio baixa, sem ameaça… mas carregada.
Isadora abaixou os olhos, os dedos se enroscaram no tecido fino do lençol.
— Eu não sei. Ele só falou que se chamava Ferraro. Disse que não queria que mulheres como eu sofressem.
Matteo se ajoelhou diante dela, o corpo ainda tenso, mas o gesto inusitado. Segurou o rosto dela com as duas mãos, fi