Rocco girou o corpo com um gemido rouco, a mão pressionando o ombro atingido, sangue escorrendo entre os dedos. A bala não atravessara completamente, mas o impacto era o suficiente para desestabilizar qualquer um. Ele cambaleou por um segundo, mas não parou. O instinto era mais forte que a dor.
As escadas estavam à sua esquerda, mas o caminho para a ala de serviço era mais promissor. Ele precisava alcançar Matteo, Isadora e Alessandra. Precisava garantir que tinham conseguido sair.
Foi então que vozes alteradas ecoaram de uma das salas laterais. Rocco parou, encostando-se na parede. Escutou. Uma voz masculina, exaltada:
— Dá a ordem logo, porra! Fala ou eu…
O som de algo sendo arremessado. Um estalo de tapa. Um gemido feminino abafado. Rocco se moveu com cautela, espiando pela fresta da porta entreaberta. Dentro, Magdalena Valentini estava encostada na parede, o rosto sangrando, sendo pressionada por um homem armado que forçava um celular contra sua boca.
— Dê a ordem!
Ela resistia, m