Valentina entrou na mansão Bianchi como um furacão, os saltos ecoando alto no mármore. Procurava Enzo, os olhos injetados de raiva.
— Você sabia?! — disparou assim que o viu no salão lateral. — Por que não me contou nada sobre a minha mãe?
Enzo nem se moveu do sofá, onde estava com um copo de uísque na mão. O olhar, preguiçoso, deslizou até ela.
— Não sabia. E se soubesse, não teria feito nada. Isso é entre vocês.
— Você é patético. Um covarde. Me arrependo de cada segundo perdido ao seu lado. — Ela cuspiu as palavras como veneno.
— Cuidado, Valentina… — ele se ergueu, a voz mais baixa, o tom mais perigoso. — Não testa minha paciência.
— Matteo nunca teria abaixado a cabeça desse jeito.
Enzo se levantou e sua mão seguiu o mesmo exemplo como um instinto, mas não chegou a tocar em Valentina. Benedetta entrou na sala de estar com um passo firme e um olhar afiado como lâmina.
— Que cena lamentável — comentou, encarando Enzo como se fosse um inseto.
Valentina girou nos calcanhares e marcho