O quarto estava mergulhado num silêncio tenso. O som abafado do riso de Enzo ainda ecoava na mente de Isadora quando Matteo tomou o celular da mão dela e assistiu ao vídeo. Não havia nada ali para ver, apenas o áudio rodando em looping pelo ambiente.
O maxilar trincou. Os dedos apertaram o aparelho com tanta força que por pouco ele não estilhaçava a tela.
— Filho da puta. Eu avisei.
A voz de Matteo era um veneno contido, uma tempestade prestes a romper.
Isadora, ainda sentada, sussurrou:
— E agora? Se descobrirem que…
Antes que ela terminasse, Matteo deu um passo para trás, a respiração descompassada.
— Esse filho é meu! — ele rugiu, atravessando o quarto. — Essa merda toda é minha! E agora eles têm a ousadia de insinuar…
Ele se calou por um segundo, mas os olhos diziam mais que qualquer palavra. Matteo virou de costas e seguiu em direção à porta.
— Isso não é mais sobre você. É sobre eles acharem que você é fraca. Vou matar aquele filho da puta!
Isadora se levantou de um salto.
— Mat