O nome da família Ferraz volta a respirar.
Miguel ergue o próprio legado com as mãos sujas de coragem.
O tribunal estava cheio, mas o silêncio era denso como uma sentença não dita.
Gustavo e Z, lado a lado no banco dos réus, estavam irreconhecíveis.
O terno de luxo não escondia a decomposição moral que agora transbordava em olhares baixos e mãos trêmulas.
As provas eram irrefutáveis.
O pendrive entregue semanas antes revelara contratos fraudulentos, falsificação de assinaturas, e movimentações ilícitas em nome de projetos sociais que nunca existiram, exceto no papel frio dos desvios.
E, entre todas as fraudes, o nome da ONG de Anyellen era o mais citado.
Ela estava ali, sentada ao lado de Miguel, vestida de dignidade, com o olhar firme e uma lágrima presa no canto do olho.
Quando o juiz leu a sentença, a cidade inteira pareceu ouvir:
— Gustavo Vasconcelos e Marcelo Ziegler, condenados a 28 anos de reclusão por crimes de estelionato, associação criminosa e lavagem de dinheiro. Perda d