Porque amar é ver.
Porque só quem é visto… floresce.
O auditório estava repleto.
Mas o silêncio era o protagonista.
A nova placa foi descerrada com as mãos de Anyellen e Miguel entrelaçadas.
E ali, naquela fachada clara com letras douradas e elegantes, um novo nome pulsava como batida de coração renovado:
INSTITUTO VER-TE.
As palavras flutuaram no ar como perfume de flor recém-aberta.
E, no mesmo instante, os olhos se encheram.
Os de quem já foi invisível.
Os de quem aprendeu a ver.
E os de quem, como Anyellen, fez da visão a sua missão.
Ela respirou fundo antes de subir ao palco.
— Ver… não é só olhar.
É reconhecer. É enxergar além da dor, além da história contada, além da casca.
Ver é amar. E só floresce quem é visto com verdade.
Miguel a assistia da lateral do palco, os olhos marejados, o peito cheio.
Ela falava com o mundo, mas era para ele que ela sorria entre uma frase e outra.
Porque ele foi o primeiro homem que a viu inteira.
E ela, agora, devolvia esse olhar ao mundo, multip