Larissa era uma jovem doce, criada com muito amor por seus pais. Seus planos para o futuro eram simples: cuidar dos necessitados da Alcateia, encontrar seu companheiro e formar sua família. Dava-se muito bem com seus irmãos, até que sua mãe voltou de uma visita a amiga bruxa e trouxe uma profecia que mudou tudo. A partir de então, a jovem pura e boa, foi acusada de assassinato e presa, passando grandes torturas até ser solta por falta de provas. O Alfa desconfiou de sua culpa, mas as provas eram inúteis diante da confissão dela. Olhava com pena para a jovem fêmea, até que a profecia se cumpriu, mas era tarde demais, a fêmea foi tão torturada pela irmã que ficou cega e na primeira oportunidade, fugiu, levando consigo o coração e os filhotes do Alfa.
Ler maisNa cela lúgubre e escura, Larissa, encolhia-se em um canto com frio e fome, lamentando seu infortúnio. Havia sido presa na masmorra do castelo do Alfa, acusada de matar seus pais. Foi despertada em sua cama por dois guardas que a arrastaram, sem explicarem porque a prendiam e jogaram-na naquele lugar de infortúnio.
Sua irmã, Drucila, desceu as escadas em direção a cela da prisioneira. Trajava um vestido luxuoso e joias que refletiam as luzes precárias do lugar feérico, não combinavam com o ambiente de dor e pecado. Aproximou-se da cela com uma expressão de nojo e tentou não tocar em nada. Com palavras doces, confrontou a prisioneira: — Por quê fez aquilo, Larissa? Papai e mamãe te adoravam. O que eles fizeram para você os envenenar? Larissa correu até as grades e segurou-as e colocando o rosto entre elas, tentou se aproximar da irmã, que deu um passo atrás, fugindo do seu toque. — Eu não fiz nada, Drucila. Nem sei porque estou presa. — Você não precisa mentir para mim, irmã. Estamos sozinhas aqui e agora que sou concubina do Alfa, posso falar ao seu favor, mas só se você me contar o que aconteceu. — Você se entregou ao Alfa? Sabe que não são companheiros. — Não somos, mas ele se agradou de mim e acasalamos em meu cio. Talvez já esteja prenha. — Eu não acho isso certo, quando ele encontrar a verdadeira companheira, vai te abandonar e você sabe que só emprenhamos com nosso real companheiro. — Isso não vai acontecer e você deveria estar preocupada com a sua situação e não comigo. — Não sei o que está acontecendo. Chame o papai, quero falar com ele, só ele, como beta, poderá esclarecer isso. Larissa não acreditou no que disse sua irmã, pois ela sempre foi uma mentirosa e inventava histórias para tirar vantagens para si. Sentia que havia o dedo dela em toda essa situação. Como irmã mais velha, Drucila deveria dar o exemplo de bom comportamento, mas estava sempre prejudicando a irmã caçula. Com 15 anos, a loba de Larissa ainda estava adormecida e não podia se defender. Por mais que Drucila a tratasse mal, Larissa não acreditava que ela seria capaz de tanta maldade. — Não tente disfarçar, você os matou e sabe que não virão em seu socorro, e Logan ainda não conseguiu se recuperar da dor de ter encontrado nossos pais mortos, sobre a cama. Larissa largou as grades e virou-se, tentando assimilar o que sua irmã contou. Procurou em suas lembranças, os últimos momentos que passou com os pais. Jantavam todos à mesa, só não Logan, que estava em treinamento e morava no alojamento dos alunos. Conversavam sobre o dia e sua mãe contou: — Estive com a Felícia hoje e ela abriu as águas para mim. Felicia era a melhor amiga de sua mãe e também uma bruxa. Ela costumava ver o futuro em uma bacia com água. — Alguma coisa boa, mãe? — perguntou Drucila. — Ela disse que uma de vocês será uma Luna. Lembrou que Drucila franziu as sobrancelhas e o pai perguntou: — Daqui ou de outra Alcateia? — Isso ela não disse. — Se for daqui, só pode ser Larissa, pois Drucila já se transformou e o Alfa não a reconheceu. — disse seu pai, sem perceber a raiva refletida no rosto de sua filha mais velha. — Não quero ser a companheira do Alfa Saulo. Ele é rude, está sempre sério e seu lobo é muito selvagem. — disse Larissa. Drucila olhou para a irmã, com ar de desdém. — É uma simplória, mesmo, qual fêmea não quer ser a Luna? Só a tonta da minha irmã. O pai, beta Leopoldo que sempre acompanhava o Alfa, defendeu-o: — Ele é o Alfa, está sempre protegendo nossa Alcateia e não pode ser um fraco. Em todas as batalhas que enfrentamos, seu lobo Soul, precisou ser feroz para vencer o inimigo. Não o julgue sem conhecê-lo. Depois desse jantar, seus pais viajaram e Larissa não os viu mais. — Não vejo nossos pais a três dias, como posso tê-los matado? Essa história está muito mal contada e por que eu não me lembro de nada? — Você terá a chance de se explicar, quando for levada a presença do Alfa e dos anciãos. Por hora, pedirei que lhe tragam comida e uma roupa limpa. Comporte-se irmãzinha. Larissa não sabia que o Alfa estava escondido, ouvindo a conversa e por isso Drucila falou com ela tão mansamente. Não entendia o que estava acontecendo, só sabia que era muito injusto. O que Larissa não podia imaginar, era que Drucila planejou tudo aquilo. Encontrou uma maneira de se aproximar do Alfa e na reunião das fêmeas, onde Larissa não podia ir por não ser transformada, começou a difamar sua irmã. Fazia-se de doce e humilde, maltratada pela caçula maléfica. Assim, conquistou a pena e simpatia de todas, incluindo a mãe do Alfa, Luna Doroteia. — Que cina a sua, doce menina. Você é uma jovem tão linda e prendada, que tal irmos tomar um chá lá em casa. — Será uma honra, Luna. Meus pais estão viajando e não quero ficar sozinha com minha irmã. — Pobre menina. Dali, para estar na cama do Alfa, foi um pulo, pois estava entrando em seu cio e os machos enlouqueciam com o cheiro atraente das fêmeas. A Luna, quando percebeu o que aconteceu, acolheu-a com carinho e ela passou a morar no castelo do Alfa. Não descuidou de seus pais, assim que soube que retornaram a Alcateia, correu em casa e aproveitou que Larissa dormia, fez um suco e colocou nele, o veneno de uma flor tóxica, mas imperceptível. Pegou os copos e usando luvas, foi ao quarto da irmã e colocou as digitais dela nos copos, com cuidado para que não acordasse. Quando seus pais entraram, cansados da viagem, abraçaram sua filha, beberam o suco servido nos copos e se retiraram para dormir. Drucila logo voltou ao castelo, ocultando-se nas sombras para não ser vista. Dessa forma, quando Lucas foi ver os pais, encontrou-os mortos sobre a cama, parecendo dormir tranquilamente. A única que estava em casa era Larissa e quando os guardas que acudiram o chamado do filho desesperado, viram os copos sujos e sentiram o cheiro do veneno, concluiram que a culpada foi ela.Toren não aguentava mais esperar e a abraçou por trás, cheirando seu pescoço e depois a virou em seus braços, tomando posse de sua boca e apesar de ser tão maior que ela, a delicadeza com que a segurava e beijava, demonstrava o profundo amor que sentia por ela.— Eu te amo tanto, que meu coração acelera apenas ao pensar em você. Mas estar aqui, podendo demonstrar o meu desejo, não tem palavras que descrevam a emoção que estou sentindo. Você é minha salvadora em todos os sentidos e agradeço a deusa por tê-la enviado para mim.Ela sorriu e estava tão emocionada, que seus olhos se encheram d'água, mas não conseguiu falar nada.Ele a despiu com delicadeza e contemplou o corpo delicado, mas com curvas proporcionais e pele macia. Reverenciou-a com seus lábios e língua, provando os recantos mais escondidos, com o sabor mais delicioso que provou em sua vida.Ela, com suas mãos pequenas e macias, ajudou-o a se despir, mas ele não a deixou ver seu membro, duro e grosso, para não a assustar, co
Luana acreditava que teriam que entrar em contato com o pai da princesa Marla e negociar, mas quando conversou com sua avó, ficou aliviada ao saber que ela e o remanescente das fadas, cuidariam de tudo, sem que ninguém soubesse. Com isso, Januzi despediu-se e Rúbia abriu um portal e ele se foi.— Então é isso? Não precisaremos fazer nada e nem devolver a princesa? — perguntou Toren, sem acreditar que não precisaria ter contato com os vizinhos interesseiros.— Sim e o que você pretende fazer com ela.Toren pensou um pouco, antes de responder: — Ela será cassada. Daremos um chá de belladonna a ela e mandaremos ela correr, os machos solteiros que fazem parte da guarda e foram prejudicados por ela, a caçarão pela floresta.— Você é muito cruel, mas talvez assim seja melhor, pois eu a visitei e ela não manifestou nenhuma melhora em seu comportamento, foi grosseira e arrogante.— Você é muito boa e tem fé em todas as pessoas. Mas nós, lobisomens, somos muito invejados e perseguidos. Mesmo
Rúbia ficou por último e viu que Luana não iria acompanhá-los. — Você não vai?— Ele é meu companheiro e preciso ajudá-lo. Estão trazendo outros filhotes.Januzi ouviu e deixando a criança com sua fêmea, voltou para ficar com sua filha. — Eu ficarei com você e não me impeça.— Ótimo, Januzi, assim posso ir tranquila. — disse Rúbia, passando pelo portal e fechando-o.— Não podemos ficar aqui, quero seguir o caminhão que vi passar eu só posso fazer o através da coruja. Peço que fique aqui e espere por meu companheiro, o nome dele é Toréu e ele é o Supremo.— Para você, só o mais poderoso, não é? Vá tranquila e me dê notícias, esperarei pelos outros na floresta. — Deixarei lorna sair e o senhor vem atrás, ela conhece os túneis. — Está bem.Lorna assumiu e voou pelos túneis seguida por Januzi. Ao saírem da mina, Lorna seguiu adiante e Januzi foi para a floresta.Voando alto, não demorou para lorna avistar a poeira do caminhão. O dia passou rapidamente e estava anoitecendo, a coruja p
Luana não aguentou mais e avisou que estava indo, deixou a coruja assumir e saiu voando pela janela diante dois olhos espantados do novo Beta e de Puzzle.— Mas que fêmea doida, como posso proteger uma coruja? — perguntou Toren, dirigindo-se a deusa Lua.— Como assim, Supremo, nossa Luna é uma shifter? — perguntou Jordão.— É um pouco mais complicado, mas tive uma ideia. Puzzle, onde os guardas da princesa comem?— Aqui, senhor. Como são muitos, vem em dois turnos. — Quem cozinha para eles?— Duas fêmeas trazem a comida pronta, pois a princesa, como o senhor a chama, não gosta de ninguém da Alcateia dentro da casa.Marla, na verdade, não suportava o cheiro dos lobos, da mesma forma, os lobos não suportavam o cheiro dos panteras. Toren percebeu o cheiro ruim da fêmea e como um lobisomem, estava furioso por sua casa estar com o cheiro dela.— Vá ao herbário e pegue algumas sementes de beladona, vamos dar a eles, o mesmo remédio que nos deram. Puzzle sorriu, sabendo exatamente onde ir
Fechando o alçapão, Toren desceu e seguiu a frente de sua companheira, guiando-a pelo labirinto de túneis que havia sob a construção. Chegaram a uma porta que ocultava-se com a aparência igual a parede e Toren poderia abri-la através de um mecanismo que era acionado através de um prego mal colocado, mas esperou. — Só os da família conhecem essa passagem, o que significa que só eu conheço. — E Puzzle?— Ele até conhece a entrada, mas não a sequência de túneis.Antes de abrir a porta, porém, ele a segurou pelo braço e puxou-a para si, dizendo:— Preciso fazer algo antes de prosseguirmos, ou não conseguirei me controlar por muito mais tempo.Sem perder mais tempo, ele a envolveu em seus braços e beijou sua boca, de forma profunda e necessitada. Ela não resistiu e deixou-se invadir, também contendo as emoções que borbulhavam dentro de si. O beijo pareceu não ter fim, pois os dois estavam tão envolvidos que se entregaram às carícias e ao desejo que os inundava. Até que ouviram um som be
O casal sentou-se à pequena mesa e Puzzle os serviria, mas Toren tomou a frente e serviu sua fêmea, cuidando dela com zelo.Enquanto eles comiam, Puzzle prosseguiu com sua narrativa:— Foi uma loucura tudo que aconteceu, depois que o senhor…fez o que fez. O Alfa Denver, que o senhor tinha como o segundo no comando, disparou dardos sedativos e o nocauteou, depois ordenou aos guardas que o levassem para a caverna, onde a bruxa lacrou com magia.— Então foi como eu imaginei, eu não teria fugido e abandonado o corpo de minha companheira e meu filhote.— Nem os matado, se não estivesse enfeitiçado. — repetiu Luana e depois se apresentou para Puzzle — Sou Luana.Toren percebeu que foi mal educado e não apresentou-os.— Luana é a minha companheira destinada pela lua, uma segunda chance para que eu consiga pôr ordem nas atrocidades que fizeram. Foi ela quem me livrou do colar que me enfeitiçou e pude voltar ao normal. — Uau! Foi a melhor notícia que recebi nos últimos tempos, ter uma Luna de
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