A mensagem chegou no grupo da equipe com um entusiasmo quase suspeito:
"Atenção, pessoal! Sexta-feira é o dia da nossa confraternização trimestral! Esperamos todos com seus respectivos pares!"
Demorei exatos três segundos para sentir o pânico bater.
— Não. Não. Não. — Repeti, encarando a tela como se fosse possível convencer o universo a voltar no tempo e cancelar aquele evento.
Bento pulou no sofá, com cara de quem já estava prevendo o caos. E ele não estava errado.
Peguei o celular, rolei até a conversa com Pedro, escrevi “SOCORRO” e apaguei. Em seguida, digitei de novo:
“Você está livre na sexta?”
A resposta veio quase instantaneamente:
“Para você, sim. O que aconteceu?”
Suspirei e já enviei logo a bomba do dia:
“Confraternização da empresa. Cônjuges, namorados e outros parceiros estão convidados.”
A resposta dele:
“Já estou separando meu melhor sorriso e minha camisa mais convincente.”
Revirei os olhos, mas sorri. Tinha algo na maneira como Pedro respondia que tornava o peso mais