Parte 144...
Aurora
O escritório do advogado foi rápido de chegar depois que saímos do galpão. Domenico avisou a Carlo e assim que paramos, o homem já veio abrir a porta para nós.
Conversamos mais um pouco, explicando o que Carlo não soube e passei as informações para ele. Domenico ficou em pé, as mãos cruzadas atrás das costas, enquanto eu me sentei em frente à mesa com o coração batendo nos ouvidos, enquanto o homem olhava tudo.
— Essas são as pastas que encontramos na antiga casa da Calábria - eu disse, empurrando o material para o advogado. — Todas com meu nome. Mas eu nunca tive conhecimento disso.
O advogado folheou devagar. Página por página. Nenhuma expressão no rosto. Quando enfim falou, foi como se estivesse comentando sobre o tempo.
— Contas laranjas. Offshores. Isso aqui é o mapa de uma mina de ouro podre. – fechou uma pasta desbotada.
— Mina do... – soltei o ar — Meu pai? - perguntei, embora já soubesse a resposta.
— E de outros também. Mas ele pelo que estou vendo, roubo