Parte 152...
Aurora
Sexto dia...
As rodas do carro ainda nem tinham parado direito quando vi Domenico e Carlo saltarem do banco traseiro da SUV escura. Corri. Nem pensei. O coração batia como se quisesse sair pela boca, e as lágrimas vieram antes mesmo que eu pudesse controlar.
— Domenico! - gritei, sentindo o chão quase sumir sob meus pés.
Ele abriu os braços assim que me viu, o rosto cansado, coberto de poeira e suor. E sangue. Tinha cortes profundos no antebraço e nas mãos, o tecido da camisa rasgado em vários pontos. Ainda assim, estava ali. Vivo. E por um milagre, sorrindo.
Me joguei contra ele com força, abraçando-o como se fosse a última coisa que eu faria no mundo. Senti o cheiro de rua, de pólvora, de ferro seco e de sangue. Mas também o perfume dele, e isso bastava. Bastava para o universo fazer sentido de novo.
— Por que você não ligou? - bati com força no peito dele, a voz falhando de emoção. — Por que, Domenico? Eu podia ter enlouquecido! Esqueceu que estou grávida?
Ele p