Parte 153...
Aurora
Oitavo dia...
Os dois dias seguintes passaram como um sopro longo e silencioso, como aquele momento entre um trovão e o próximo raio. Domenico e Carlo estavam em casa, vivos, inteiros o suficiente para sorrir de vez em quando, mas com uma aura de cansaço que só os olhos muito atentos podiam perceber.
Durante todo esse tempo, ficamos juntos. A maior parte do tempo no andar de cima da casa, dividindo o silêncio entre carinhos, cochilos longos e refeições simples preparadas por Alma.
Diana e eu nos revezávamos entre cuidar dos homens e tentar acalmar o próprio coração. Giancarlo engatinhava entre os tapetes, distribuindo sorrisos e chorinhos que nos lembravam que a vida não parava, mesmo quando o mundo parecia girar torto.
Na tarde do segundo dia, sentamos todos à mesa da cozinha, com a porta aberta deixando entrar o aroma de hortelã da horta. Diana cortava tomates cereja ao meu lado, e Giancarlo dormia no bebê-conforto no canto da sala, com uma fralda branca cobrindo